Fatores de riscos associados ao comportamento alimentar em mulheres climatéricas assistidas na Atenção Primária à Saúde

Abstract

O objetivo deste estudo foi analisar os fatores de riscos associados ao comportamento alimentar em mulheres climatéricas assistidas na Atenção Primária à Saúde. Métodos: Trata-se de estudo transversal com amostra aleatória composta por 874 mulheres com idade entre 40 a 65 anos assistidas em unidades de Estratégias de Saúde da Família em Montes Claros, Minas Gerais, Brasil. Foram investigadas as seguintes variáveis: características sociodemográficas, status da menopausa e comportamentais. O desfecho foi o consumo alimentar, um escore foi criado e dicotomizado em saudável e não saudável, sendo o ponto de corte, o valor da média. Análises descritivas de todas as variáveis foram feitas e também análises bivariadas, por meio do teste Qui-quadrado. Após selecionadas para análise múltipla, utilizou-se o modelo de regressão de Poisson com variância robusta, de forma hierarquizada constituído por blocos de variáveis em níveis distal, intermediário e proximal. No nível distal a renda abaixo de um salário mínimo (RP=1,33) manteve associação com o comportamento alimentar não saudável. No nível intermediário, as variáveis que permaneceram associadas ao desfecho após ajuste foram climatério perimenopausa (RP=0,75) e não menstruou nos últimos 12 meses (RP=0,68). No nível proximal, mantiveram associação significativa com o consumo alimentar as variáveis etilismo (RP=1,35) e sedentarismo (RP=1,52). As mulheres no climatério apresentaram prevalência relevante de comportamento alimentar não saudável associado às características sociodemográficas, climatéricas e hábitos de vida.

A importância da terapia nutricional para a saúde e qualidade de vida da mulher durante a menopausa

“…Os sintomas neuropsíquicos são os primeiros a surgirem e estão representados principalmente pelos distúrbios vasomotores. Estes, segundo estudos epidemiológicos, acometem 75% das mulheres, caracterizam-se pelo aspecto vasodilator representado pelo sintoma de calor e pelo sinal de rubor e, por conseguinte, pela vasoconstrição referida como um calafrio e notada como sudorese (Antunes, et. al., 2022).…”

A promoção da saúde da mulher na senescência – Terapêutica nutricional

“…E, com uma dieta conhecida e bem estudada, diversas versões do escore de MD têm sido associadas à diminuição do risco de doenças crônicas. Antunes, et al (2020) Participaram 874 mulheres, com idade entre 40-65 anos, de 2014 a 2016.…”

“…Segundo Antunes et al, (2020) Research, Society and Development, v. 12, n. 6, e17212642187, 2023 (CC BY 4.0) | ISSN 2525-3409 | DOI: https://dx.doi.org/10.33448/rsd-v12i6.42187 Já a pesquisa de Antunes et al, (2020) mostrou que as menopausadas com baixa renda adotam um comportamento alimentar inadequado para beneficiar a família, e que isso se deve aos fatores sociodemográficos. Em contrapartida, as mulheres com melhor nível socioeconômico adotaram uma dieta alimentar adequada, combinada com prática de atividade física regular, criando um estilo de vida saudável e reduzindo os sintomas da menopausa.…”

“…É evidente que a transição da menopausa poderá causar instabilidade emocional para várias mulheres, tendo como resultado a depressão, que resulta em baixa autoestima induzida pela distorção da imagem corporal favorecida pela perda da sexualidade (Ferreira, et al, 2013;Ramos, et al, 2018). Nessas condições, Antunes et al, (2020) asseveram que esses fatores podem levar ao consumo excessivo de álcool como forma de escape emocional, potencializando a incidência das doenças, porque elas são mais vulneráveis aos efeitos deletérios do consumo exacerbado de álcool.…”

“…Brasil (2023), mostrou que o consumo de álcool entre as mulheres passou de 7,8% em 2006, para 12,7% em 2021. Por outro lado, as etilistas declaradas, com comportamento alimentar inadequado, apresentaram redução de apetite e conseguiram manter seu IMC, porém houve uma redução na absorção de Ca+, porque o álcool estimula a excreção renal e induz a desmineralização óssea, um fator de risco para saúde e que aumenta o risco de quedas e pode causar fraturas e resultar em osteopenia e osteoporose (Antunes, et al, 2020;Radominski, et al, 2017). Diante do estudo de Phillips et al (2016), 24.417 mulheres entre 65 e 79 anos apresentam 32% de risco para desenvolver fragilidade ao longo de 3 anos, mas após aumentar o consumo de proteína de alta qualidade em 20% acima das recomendações dietéticas, entre 1,2 a 1,6g/kg/dia, fracionada ao longo das refeições, observou-se grandes benefícios à saúde na senescência, por ajudar aumentar a saciedade, regular o apetite e controlar o peso, prevenindo a sarcopenia, que fragiliza e leva à perda da mobilidade.…”