Fatores de risco associados ao pé diabético

Abstract

Fatores de risco associados ao pé diabético Risk factors associated with diabetic foot ulceration

Tendência temporal das complicações do pé diabético e da cobertura da Atenção Primária à Saúde nas capitais brasileiras, 2008–2018

“…30 Há outros fatores que podem contribuir para o crescimento das complicações do pé diabético além da cobertura populacional da APS, que não analisamos no estudo: o aumento de casos de condições crônicas decorrente do crescimento da população idosa no Brasil, como a própria diabetes. 3 No entanto, os serviços da APS são projetados para abarcar contingentes populacionais e não cargas de doença, sendo portanto plausível que: as pessoas cobertas tenham assistência assegurada para sua condição; o estilo de vida sedentário 2 e os maus hábitos alimentares, 3 apesar de serem condicionantes individuais de saúde, sejam fortemente determinados por fatores como renda e escolaridade; 3,6 o diagnóstico tardio para o manejo adequado de sua saúde possa acarretar pressão extra nos serviços de APS 9,11 e casos mais críticos de sequelas; aumente o nível de qualidade assistencial dos serviços da APS nas dimensões da efetividade e eficiência 11 e haja maior acessibilidade a serviços hospitalares nas capitais, os quais focam apenas no tratamento curativo. 31 Entre as limitações deste estudo, ressalta-se que os dados observados são das capitais das unidades federativas, podendo apresentar disparidades importantes em relação às cidades menores do interior de cada uma dessas unidades.…”

“…A lesão no pé diabético geralmente é produzida por corte inadequado das unhas dos pés, higiene precária, hábito de caminhar descalço e uso de calçados impróprios. 6 Quanto aos fatores sociais, as pessoas em condição de vulnerabilidade socioeconômica estão mais suscetíveis às complicações do pé diabético. Isso porque esses pacientes não conseguem manter condicionantes de hábitos de vida como alimentação, higiene e atividade física adequados, assim como têm mais barreiras de acesso à assistência médica.…”

“…Isso porque esses pacientes não conseguem manter condicionantes de hábitos de vida como alimentação, higiene e atividade física adequados, assim como têm mais barreiras de acesso à assistência médica. 6,7 Soma-se a isso a falta de acompanhamento por uma equipe multidisciplinar na Atenção Primária à Saúde (APS) do Sistema Único de Saúde (SUS), principalmente na Estratégia Saúde da Família (ESF), o que poderia diminuir os riscos de complicações quando o usuário está em área coberta pelos serviços. 7,8 A APS/ESF cumprem papel fundamental na prevenção de complicações da DM, principalmente da úlcera de pé diabético.…”