Fatores Associados a Sintomas Depressivos E Capacidade Funcional Em Idosos

Abstract

Objetivo: identificar a prevalência e fatores associados a sintomas depressivos e capacidadefuncional em idosos.Método: estudo analítico, de corte transversal, realizado com 100 idosos em Unidade Básica deSaúde do norte do Brasil. Aplicou-se a Escala de Depressão Geriátrica, escalas de Katz e de Lawtone Brody. Os dados foram analisados por meio dos testes Qui-quadrado de Pearson, CorrelaçãoLinear de Pearson e t de Student com nível de significância estatística valor de p-valor <0,05.Resultados: a prevalência de sintomas depressivos foi de 22%, sendo maior em idosos comautopercepção ruim da saúde, sedentários e não participantes de grupos de convivência. Adependência nas atividades instrumentais da vida diária foi de 46% com associação a sintomasdepressivos e idade avançada.Conclusão: o uso de instrumentos para detecção precoce de sintomas depressivos e incapacidadefuncional permite a estratificação de risco e prevenção do agravamento dessas condições de vidado idoso.

A importância da Atenção Primária à Saúde na detecção e terapêutica de sintomas depressivos em idosos

“…O Mini Exame do Estado Mental e a Avaliação Geriátrica Ampla se apresentam como bons métodos de rastreamento, que permitem monitorar disfunções cognitivas associadas a outras doenças, bem como mudanças sutis, além de investigar a prevalência e a incidência de processos demenciais, sendo bem evidenciado nos trabalhos avaliados (Faria et al, 2011;Lino, 2011;Rodrigues et al, 2012;Santos, 2013;Holz et al, 2013;Martins et al, 2014;Rodrigues et al, 2015;Lino et al, 2016;Previato et al, 2016;Rêgo et al, 2017;Soares et al, 2017;Gil et al,2018;Uchoa et al, 2019). Ambos os testes se mostram adequados para implementação na atenção primária à saúde, porém devido ao longo tempo para aplicação e alta demanda por atendimentos, elas devem ser consideradas apenas a pacientes com maior risco de incapacidade.…”

“…A escala de Lawton e Brody para capacidade funcional para atividades instrumentais de vida diária, e o Índice de Katz, para capacidade funcional para atividades básicas de vida diária, apresentam-se como instrumentos simples, de baixo custo, capazes de identificar os riscos e a dimensão de adoecimento de forma precoce a partir da análise do cotidiano da população idosa (Lino, 2011;Santos, 2013;Bretanha et al, 2015;Lino et al, 2016;Previato et al, 2016;Uchoa et al, 2019).…”

“…O aumento da população idosa é um acontecimento global constante, que vem ocorrendo como reflexo de melhoria na qualidade de vida (Magalhães et al, 2016;Ferreira, Santos, Oliveira, & Andrade, 2017;Medeiros, Coura, & Ferreira, 2017). Dados apontam que em 2025 essa população chegará a um total de aproximadamente 1,2 bilhões de indivíduos e, até 2050, existirá 2 bilhões de pessoas nessa faixa etária, concentrando-se em sua maioria nos países em desenvolvimento (Souza et al, 2017;Uchoa, Chaves, Botelho, Polaro, & Oliveira, 2019).…”

“…O rastreio da depressão deve ser precoce e focado em sintomas como mudanças de humor, desânimo, isolamento social, condição financeira e familiar precárias, ausência de afeto positivo, irritabilidade, apatia, ansiedade, alterações de sono e do apetite (Ramos, Carneiro, Barbosa, Mendonça, & Caldeira, 2015;Lino et al, 2016). Para isto, instrumentos simples e de baixo custo para investigação são empregados, como Escala de Depressão Geriátrica (EDG), Avaliação Geriátrica Ampla (AGA), Mini Exame do Estado Mental (MEEM), Escala de Lawton e Brody, Índice de Katz, Escala Brazil Old Age Schedule (BOAS) e o Protocolo de Identificação do Idoso Vulnerável (VES-13), a fim de reconhecer alterações e evitar os prováveis riscos (Lino et al, 2016;Previato et al, 2016;Uchoa et al, 2019;Didoné et al, 2020).…”

Efeito de uma intervenção no apoio social de cuidadores familiares de idosos com alta dependência

“…A característica sexo masculino difere de outros estudos nacionais (NICOLATO et al, 2016;SAMPAIO et al, 2018;LIMA et al, 2017;BRITO et al, 2019;UCHOA et al, 2019), entretanto ser idoso do sexo masculino assemelha-se com estudos realizados com idosos hospitalizados (IKEGAMI et al, 2018;SIMÃO et al, 2019) e longevos atendidos em uma unidade de saúde do interior do Estado da Bahia (LIMA et al, 2017 (VEIGA et al, 2015;GOULART et al, 2017;SANTOS et al, 2018;BRITO et al, 2019;LIMA et al, 2019) equiparam-se aos achados desta pesquisa. Segundo a Pesquisa Nacional por (SILVA et al, 2018;KYOTA et al, 2018;NAVARRO-ABAL et al, 2019;ALMEIDA et al, 2019;MOURA et al, 2019).…”