Este é um estudo de caso qualitativo, realizado em 2018 numa cidade do interior mineiro, num Centro de Atenção Psicossocial para adultos, com o objetivo de analisar os papéis ocupacionais de um familiar, cuidador principal de um filho com esquizofrenia. Utilizou-se a Lista de Identificação de Papéis Ocupacionais e entrevista semiestruturada para coleta de dados e aplicada a análise de conteúdo temática. Observou-se impacto nos papéis ocupacionais do pai ao tornar-se cuidador, em razão da sobrecarga emocional, social e financeira vivenciada durante o processo de cuidado e pela burocracia da administração pública. Os papeis de cuidador, membro de família e passatempo se apresentaram como presentes e possíveis de seguirem no futuro. Ser cuidador de uma pessoa com transtorno mental mostrou acarretar a perda de vários papéis ocupacionais.