Faianças, grês e porcelanas

Abstract

O desenvolvimento deste livro foi realizado buscando relacionar a prática industrial com os preceitos teóricos, de forma a tornar a leitura o mais interessante possível, mas sem deixar de lado os conceitos físico-químicos que envolvem todo o processamento cerâmico. Foi seguida a metodologia acadêmica, ou seja, todo rigor na pesquisa bibliográfica, na análise crítica e discussões desta pesquisa e nas conclusões desta análise, indicando as referências bibliográficas mais relevantes, seja na literatura tradicional ? livros e artigos ? ou em websites que trazem filmes e ilustrações que aproximam o leitor do dia a dia nas empresas. O tema foi dividido em 12 capítulos, começando por introdução e tipologia, matérias-primas e moagem, preparação da massa e escolha da formulação. Em seguida, são descritos os principais métodos de conformação - prensagem, colagem e extrusão/roller -, considerando os equipamentos e as metodologias empregados no pre­paro da massa, na formação das peças cruas e no controle dos parâmetros de processo. Após, vêm a secagem, a queima, a esmaltação e a decoração. Finaliza-se com a apresentação dos defeitos que comumente aparecem nos produtos, dos principais conceitos reológicos, do controle de qualidade aplicado ao processo e da descrição dos ensaios e equipamentos de um laboratório industrial. Espera-se contribuir para o aprendizado ou a arte de ensinar com informações valiosas para os leitores – alunos de graduação e pós-graduação, técnicos, engenheiros, professores e demais profissionais. Uma ótima leitura a todos.

Estudo dos efeitos da adição de óxido de cálcio nas propriedades cerâmicas, na morfologia e na produção de agregados cerâmicos produzidos à base de resíduo de bauxita

“…Há também a presença de mulita (3Al 2 O 3 . 2SiO 2 ) -96-900-1622 é proveniente da decomposição da caulinita [13], o anatásio (TiO 2 ) -96-101-0943 e quartzo (SiO 2 ) -96-500-0036, estas duas últimas fases são comumente encontradas em argilas cauliníticas [14,15], como a argila de São Miguel-Pa utilizada neste trabalho, além da argila presente em rochas de bauxita utilizadas no processo de produção de alumina. Observa-se também que após o processo de sinterização, a fase goethita decompõe-se em hematita, a sodalita é convertida em nefelina e a gibbsita sofre desidroxilação formando alumina criptocristalina (α-Al como principais constituintes, além de anatásio (TiO 2 ) -96-101-0943, e magnetita (Fe 3 O 4 ) -96-900-4156, fase essa que é resultado da reação de redução da hematita presente no RB durante o processo de sinterização.…”

“…A Figura 9 apresenta o resultado da DSC e TG da argila. Em conformidade com dados encontrados na literatura [13,21] encontra-se um pico endotérmico até cerca de 100 °C referente a perda de água de absorção, há outro pico endotérmico entre 450 e 600 °C característico da reação de desidroxilação da caulinita transformando-se em metacaulinita e um pico exotérmico a partir de 1050 °C que refere-se a formação de mulita. Analisando o gráfico da TG, nota-se que a perda de massa para esta matéria-prima é na faixa de 10%.…”

“…Um desses elementos são os compostos baseados em cálcio, como o calcário, muito utilizado na indústria cerâmica como material fundente. Tendo em vista que a reação de decomposição do carbonato de cálcio é por si só uma reação fortemente endotérmica, isso explica a diminuição calórica necessária para o início da sinterização [13], além disso, como algumas empresas vêm descartando compostos a base de óxido de cálcio (como o calcário) nos depósitos de RB, é importante se estudar os efeitos que esse óxido pode representar, haja vista que a concentração do mesmo no resíduo tenda a aumentar com o passar do tempo.…”