Resumo: O descomedimento de intervenções no parto no Brasil tem sido reportado como violência obstétrica e contribui para os índices elevados morbi-mortalidade materna e neonatal e sendo bastante discutido nas últimas décadas. Contudo, discussões sobre a violência obstétrica ainda tem se mostrado embrionário, necessitando um acréscimo mais aprofundado referente ás discussões da temática. Após a revisão das pesquisas realizadas sobre o assunto, analisou-se que não há uma consonância em relação ao conceito de violência obstétrica no Brasil, embora as evidências indiquem que essa prática ocorra. Nesse contexto, este artigo tem como objetivo geral investigar a violência obstétrica, ressaltando as repercussões psíquicas comportamentais desse evento e as demandas postas à Psicologia como forma de contribuir para seu enfrentamento. Trata-se de uma pesquisa de revisão de literatura, cujo levantamento de dados ocorreu entre Fevereiro de 2021 a Julho de 2021. Para acontextualização e análise do problema, realizou-se levantamento bibliográfico, utilizando fontes científicas indexadas nas bases de dados: Periódicos Eletrônicos de Psicologia (PePSIC), BVS PSI e Scientific Electronic Library Online (SciELO). Feito isso, verificou-se que a violência obstétrica acontece, em geral, por meio de ações ao corpo físico e no âmbito psicológico da mulher podendo refletir no neonato. Assim, inclui procedimentos médicos desnecessários, agressões verbais, dentre outras condutas dos profissionais de saúde. Conclui-se que as sequelas psicológicas dessa violência implicam em medo, angústias e perda de perspectivas futuras. Considerando a importância desse tema, é essencial que outros estudos sejam realizados, a fim de ampliar e aprofundar a discussão para divulgar e diminuir esses eventos.