Avaliou-se a demanda de solicitação sorológica para sífilis (VDRL e FTA Abs), considerando-se a idade e sexo dos pacientes e freqüência de soropositividade de acordo com a Área Distrital de Saúde (ADS), responsável pelo atendimento médico. Um total de 16127 amostras, oriundas de 4 ADS (136 bairros de Ribeirão Preto) foram submetidas ao VDRL, confirmando-se o resultado com o FTA-Abs. O percentual de VDRL falsos positivos foi de 9,0% . Considerando os resultados do FTA-Abs, concluiu-se que as freqüências de amostras positivas para sífilis foi de 9,5%. A ADS que apresentou a maior freqüência de positividade foi a Central, provavelmente por ser uma região onde há maior concentração de profissionais do sexo. Notou-se, também, um elevado número de resultados falsos positivos entre as amostras oriundas da ADS Sumarezinho, levantando questões epidemiológicas e laboratoriais de realce. Houve nítido aumento de solicitações das reações sorológicas para diagnóstico de sífilis, considerando o quadriênio 1989-1992. Apesar do aumento no número de diagnósticos, o percentual de soropositividade para sífilis reduziu, consideravelmente, de 1989 para 1992. Aventa-se que essa redução possa refletir o empenho multidisciplinar nas campanhas de educação em saúde.