O presente estudo teve como objetivo verificar os fatores de estresse profissional e as condutas de saúde dos enfermeiros intensivista e não intensivista de uma unidade terciária de saúde no município de Fortaleza. Estudo transversal, descritivo, realizado de agosto a dezembro de 2019. A amostra constituiu-se de 83 enfermeiros intensivistas e não intensivistas convocados através da amostra por compatibilidade. Recorreu-se de um inquérito organizado com questões fechadas sobre o perfil socioeconômico, condutas de saúde, os indícios de estresse profissional e presença de fatores estressores. Os resultados mostraram que 64,7% dos intensivistas faziam uso de substâncias psicoativas, entre os não intensivistas esse percentual é apenas de 27,3%. Os dados revelam que todos os profissionais da UTI (100%) disseram apresentar algum sintoma de estresse. A presença de sintomas de estresse entre os participantes que não atuam na UTI alcançou 93,9%. Para os enfermeiros não intensivistas, os principais fatores desencadeadores de estresse no lugar onde são desenvolvidas suas funções são: ‘condição no ambiente insatisfatório e ausência de insumos’ (56,1%) e ‘ausência de reconhecimento profissional’ (53%). Verificou-se que 82,3% dos participantes da UTI apontaram a ‘insatisfação com a remuneração’ como primeiro agente estressor, acompanhado de ‘sobrecarga de atividades’ (70,6%) e ‘processo de trabalho desgastante’ (58,8%). Acredita-se que esse estudo possa ser favorável, afim de que os gerentes ponderem sobre os elementos influenciadores para o bem-estar dos profissionais enfermeiros, cooperando no sentido de implementar práticas que recuperem o estado laboral, favorecendo a autoconfiança no trabalho.