“…A segregação sexual vertical, entendida como a sub-representação de mulheres em cargos superiores de gestão nas organizações, é um dos fenómenos mais resistentes à mudança (Casaca e Lortie, 2017). As causas são atribuídas a diversos fatores institucionais, culturais, estruturais e situacionais, compreendendo, por exemplo, os estereótipos de género, os papéis tradicionalmente associados aos homens e às mulheres e a inerente divisão sexual do trabalho, passando pelas estruturas e culturas organizacionais genderizadas (Acker, 1990;Connell, 2006;Dämmrich e Blossfeld, 2017;Longarela, 2017). A superação deste fenómeno, comummente designado por "teto de vidro", depende de um processo de mudança que vise a integração sistemática de uma perspetiva de igualdade entre mulheres e homens nas organizações (Casaca e Lortie, 2017).…”