RESUMO -A simulação da dinâmica de uma coluna de adsorção para captura de dióxido de carbono (CO 2 ) foi realizada no ASPEN Adsorption. A captura de CO 2 foi tomada como sendo o CO 2 emitido através da queima de bagaço de cana de açúcar em usinas sucroalcooleiras. Nas simulações foram obtidas as curvas de ruptura da coluna em diferentes condições de operação, variando a vazão de entrada do gás, a fração inicial de CO 2 , temperatura, tamanho e tipo de adsorvente. Foi observado que o tempo de ruptura diminuiu com o aumento da concentração de CO 2 na corrente de alimentação. O mesmo efeito foi observado com o aumento da temperatura. Os adsorventes estudados foram carvão ativado, zeólita 13X e 4A, que mostraram boa capacidade de adsorção de CO 2 a temperatura ambiente. As curvas de ruptura mostram que o carvão ativado possui tempo de ruptura muito inferior comparado às zeólitas, sendo a zeólita 13X a que possui o maior tempo de ruptura. O software ASPEN Adsorption se mostrou eficiente e rápido na simulação da dinâmica da coluna de adsorção. Os resultados obtidos neste trabalho estão em concordância com os dados disponíveis na literatura.
INTRODUÇÃONo cenário mundial, a preocupação em relação à emissão de dióxido de carbono e demais gases causadores de efeito estufa, tais como metano e óxidos de nitrogênio, tem estimulado o desenvolvimento de diversos trabalhos cujos objetivos estão relacionados à minimização nas emissões e à destinação correta desses gases (Maroto-Valer, 2010). O dióxido de carbono é naturalmente emitido para a atmosfera a partir da respiração dos seres vivos e consumido no processo de fotossíntese, que são etapas fundamentais do ciclo do carbono.Entretanto, a alta emissão de dióxido de carbono, proveniente da queima de combustíveis fósseis e matéria orgânica, tem gerado um saldo de acúmulo desse gás na atmosfera, cuja principal consequência é o efeito estufa, e consequente aumento na temperatura do planeta, derretimento de calotas polares e aumento do nível dos oceanos, dentre outros problemas ambientais (Maroto-Valer, 2010). No caso das usinas de cana-deaçúcar, a emissão de CO 2 acontece principalmente nas dornas de fermentação, onde o montante é quantitativamente relevante e a pureza de CO 2 na corrente é relativamente alta, e