Experiências transdisciplinares do Projeto de Extensão Universitária Oceanos com estudantes em situação de vulnerabilidade social

Abstract

Estudos têm mostrado que o distanciamento entre homem e ambiente, imposto pela sociedade urbana, tecnológica e consumista é promotor dos desastres ambientais. A educação pode reverter estes cenários, mas, ainda enfrenta um de seus maiores desafios, o pensar de uma forma íntegra, do ser humano consigo mesmo, com o próximo e com o meio ambiente. Esta pesquisa de abordagem quali-quantitativa compreendeu o relato e a análise de duas práticas teórico-metodológicas transdisciplinares do Projeto de Extensão Oceanos, denominadas Árvore Semântica do Conhecimento – ASC, aplicadas em 2018 e 2019, com 200 e 60 estudantes, respectivamente, em situação de vulnerabilidade social, do município de Itajaí-SC. Dois aspectos parecem ter sido necessários e essenciais para a efetivação da ASC: a sensibilização para a contextualização aos problemas ambientais e conhecimento prévio sobre os diferentes saberes
 dos estudantes. A sua aplicação demonstrou ser um recorte no tempo e espaço onde razão e emoção, objetividade e subjetividade podem trabalhar juntos, mudando as percepções e modos de ver e interpretar a realidade impactando na construção coletiva do conhecimento. Desta forma, o processo de aprendizagem deverá ser participativo, autônomo e protagonista para que as relações causa/efeito sejam mais profundas, complexas, abrangentes e transdisciplinares.

Congresso Scientiarum Historia XIII

“…Ambos criam um escorço, que aponta para cima [em posição de zênite], para o firmamento e, neste plano, segundo a vontade de Mário Peixoto, a cena se descreve como o infinito entre eles (MELLO, 1972). Essa necessidade se ampliou em tempos de pandemia -em que o mundo foi forçado a uma readequação de valores sociais, familiares, econômicos, culturais, estéticos e éticos -evidenciando a importância de se divulgar os conhecimentos científicos, instaurando espaços fora da universidade e dos centros de pesquisa para se falar sobre a produção científica que neles acontecem (REIS, 2020b;KUROSHIMA et al, 2020). A expertise adquirida durante o confinamento social de 2020 (ocasionado pela Covid-19) sugere que caminhemos para um processo de aprendizagem de ciências mais atualizado, que corrobore com um aprendizado mais igualitário e democrático.…”