Expansão, deslocamento e interiorização do homicídio no Brasil, entre 2000 e 2015: uma análise espacial

Filho, Adauto Martins Soares; Merchán-Hamann, Edgar; Vasconcelos, Cíntia Honório

doi:10.1590/1413-81232020258.32612018

Cited by 11 publications

(5 citation statements)

References 38 publications

Supporting

Mentioning

Contrasting

Unclassified

Order By: Relevance

“…A tendência temporal entre as regiões apresenta o mesmo padrão observado na tabela 1, entretanto, as variações percentuais são maiores quando comparadas a todas as agressões. O estudo de Soares Filho, Merchan-Hamann, Vasconcelos 16 (2020) apontou que a partir da virada do século XX, houve aumento das taxas de homicídio dentro do território brasileiro, se infiltrando entre as regiões eco-nomicamente desfavorecidas e críticas, como fronteiras de estados e litorais, enquanto houve redução em localidades mais desenvolvidas. Outra pesquisa realizada com todos os municípios brasileiros no período de 2000-2014 verificou que municípios com grandes populações (cerca de 250 mil habitantes) apresentaram tendência de diminuição enquanto, aumento foi apontado em municípios com menor população (≤25 mil até 100 mil hab.)…”

Section: Resultsunclassified

Série temporal dos homicídios no Sudeste e Nordeste brasileiro, 2001 a 2020

Gois,

Santos,

Andrade

et al. 2023

cmbio

View full text Add to dashboard Cite

Objetivo: analisar a distribuição temporal dos homicídios no Sudeste e Nordeste brasileiro no período de janeiro de 2001 a dezembro de 2020. Metodologia: estudo ecológico de série temporal sobre homicídios no Nordeste e Sudeste do Brasil, 2001 a 2020. Calculou-se as taxas padronizadas de mortalidade (TPM) por sexo. A análise de séries temporais (ST) foi realizada por meio da regressão linear com correção da autocorrelação de Prais-Winsten. Foram testados modelos de tendência temporal, sazonalidade e ST interrompidas. Resultados: observou-se tendência de crescimento no sexo masculino (Variação Percentual Mensal – VPM=0,24% IC95%=0,17; 0,31) e feminino (VPM=0,23% IC95%=0,18; 0,27) no Nordeste. No Sudeste os homicídios em homens (VPM=-0,42% IC95%=-0,49; -0,35) e mulheres (VPM=-0,35% IC95%=-0,38; -0,31) foram de diminuição. Houve diminuição considerável de janeiro de 2018 a julho de 2019 no Nordeste (VPM=-2,53 IC95%=-2,96 -2,10) e Sudeste (VPM=-2,57% IC95%=-3,06 -2,07). Sazonalidade foi identificada nas duas regiões e em todos os grupos de sexo (p<0,05). Mortalidade por arma de fogo liderou com maiores taxas e apresentou padrão de crescimento no Nordeste entre masculino (VPM=0,31% IC95%=0,23; 0,39) e feminino (VPM=0,34% IC95%=0,29; 0,39) e diminuição no Sudeste – masculino (VPM=-0,45% IC95%=-0,52; -0,37) – feminino (VPM=-0,52% IC95%=-0,57; -0,47). Conclusão: o Nordeste apresenta um padrão temporal diferente no Sudeste, ambos com variação sazonal e redução brusca entre jan/2018 e jul/2019. Políticas públicas e ações preventivas precisam ser intensificadas com a finalidade de modificar no longo prazo a realidade observada no Nordeste.

show abstract

Section: Resultsunclassified

Série temporal dos homicídios no Sudeste e Nordeste brasileiro, 2001 a 2020

Gois,

Santos,

Andrade

et al. 2023

cmbio

View full text Add to dashboard Cite

show abstract

“…Trabalhos anteriores já apontavam para uma contração acentuada de homicídios em estados de regiões altamente desenvolvidas e um deslocamento da mortalidade por causas externas entre as regiões, especialmente em direção aos estados mais pobres (DE ANDRADE et al, 2015;MALTA et al, 2017;MERCHAN-HAMANN;VASCONCELOS, 2020;ABURTO et al, 2021). A redução da mortalidade por causas externas no Sul e Sudeste estaria associada a uma miríade de fatores estruturais e sociais, tal como decréscimo do percentual de jovens, queda do desemprego, investimentos em políticas sociais, programas de redução da pobreza e desarmamento civil com aumento de armas apreendidas (MALTA et al, 2017).…”

Section: Discussionunclassified

Diferenciais regionais da mortalidade no Brasil: contribuição dos grupos etários e de causas de óbito sobre a variação da esperança de vida e da dispersão da idade à morte entre 2008 e 2018

Almeida Calazans,

Guimarães,

Nepomuceno

2023

Rev. bras. estud. popul.

View full text Add to dashboard Cite

O Brasil é um país marcado por forte desigualdade socioeconômica entre as regiões, que, por sua vez, se traduz em diferenciais regionais de mortalidade. Para um bom monitoramento desses diferenciais, é importante uma análise não apenas dos níveis médios de mortalidade, mas também da variação da idade à morte na população. Esse artigo analisa a contribuição das causas de óbito sobre as mudanças na esperança de vida e na dispersão da idade à morte no Brasil e grandes regiões entre 2008 e 2018. Os resultados sugerem aumento dos diferenciais regionais na esperança de vida ao longo da década analisada. No entanto, as diferenças regionais na dispersão da idade à morte se mantiveram praticamente constantes. As mudanças na mortalidade por causa impactam de maneiras diferentes a dispersão da idade à morte em cada região: a redução da mortalidade por causas externas contribui substantivamente para diminuir a variação da idade à morte nas regiões Sul e Sudeste, enquanto a contribuição das mortes por afecções originadas no período perinatal foi substantiva apenas na região Nordeste. Por fim, reafirmamos a importância dos indicadores de dispersão da idade à morte para se ter uma visão mais ampla dos diferenciais regionais de mortalidade no Brasil.

show abstract

“…Enquanto, na região Sudeste, Rio de Janeiro e São Paulo tiveram uma redução expressiva nessa mortalidade, Minas Gerais demonstrou um aumento, principalmente nas regiões centro-norte do estado, próximo à fronteira com a Bahia. Além disso, notou-se que municípios menores têm apresentado aumento nas taxas de mortalidade por homicídios, enquanto municípios com mais de 100 mil habitantes demonstram o padrão inverso 30 .…”

Section: Discussionunclassified

Associação entre segregação residencial racial e mortalidade por homicídio nos municípios de Minas Gerais, Brasil

Nogueira

Costa

Reis

et al. 2022

Ciênc. saúde coletiva

View full text Add to dashboard Cite

Resumo O objetivo desse artigo é avaliar a associação entre segregação residencial racial e mortalidade por homicídios em Minas Gerais (MG). Trata-se de estudo ecológico, com os municípios de MG como unidades de análise. O desfecho foi óbitos por homicídio ocorridos de 2008 a 2012 e a exposição a medida de segregação residencial índice de interação racial, estimada para 2010 a partir dos dados do censo demográfico; outras covariáveis foram renda média per capita e índice de Gini. As variáveis foram apresentadas em mapas temáticos e a associação entre elas foi investigada por modelos hierárquicos bayesianos. Houve associação negativa entre o índice de interação racial e a mortalidade por homicídios (coeficiente=-1,787; IC95%=-2,459; -1,119), em modelo ajustado pela renda per capita. Os municípios de MG com maior interação racial tiveram em média uma menor mortalidade por homicídios.

show abstract

Expansão, deslocamento e interiorização do homicídio no Brasil, entre 2000 e 2015: uma análise espacial

Cited by 11 publications

References 38 publications

Série temporal dos homicídios no Sudeste e Nordeste brasileiro, 2001 a 2020

Série temporal dos homicídios no Sudeste e Nordeste brasileiro, 2001 a 2020

Diferenciais regionais da mortalidade no Brasil: contribuição dos grupos etários e de causas de óbito sobre a variação da esperança de vida e da dispersão da idade à morte entre 2008 e 2018

Associação entre segregação residencial racial e mortalidade por homicídio nos municípios de Minas Gerais, Brasil

Contact Info

Product

Resources

About