Evolução Do Relevo Da Região Do Planalto De Poços De Caldas (Sp/Mg) Baseado Em Dados De Termocronologia De Baixa Temperatura E Modelagem Termocinemática 3d

Abstract

A região do Planalto de Poços de Caldas no sudeste do Brasil é caracterizada principalmente pelos seus planaltos elevados sustentados por rochas cristalinas do Pré-Cambriano e Cambro-Ordoviciano cortados por intrusivas alcalinas do final do período Cretáceo. Nessa região a maior particularidade está na intrusão alcalina de Poços de Caldas (MAPC), que deu origem ao planalto de mesmo nome, e que vem sendo estudada há muito tempo por vários campos das ciências especialmente geológicos e geomorfológicos. A idade da intrusão é de 80 a 50Ma o que permite definir um limite temporal pra os processos formadores da drenagem e das formas de relevo na região. Assim, o objetivo principal foi quantificar os processos formadores da paisagem a partir de métodos quantitativos com a termocronologia de baixa temperatura, análise Morfométrica da rede de drenagem e a modelagem termocinemática 3D, a fim de obter dados sobre as taxas de soerguimento e erosão e sua correlação com os diferentes gradientes geotérmicos da região. Os resultados mostram que apesar da intrusão alcalina ter aquecido consideravelmente a região ela, não afetou profundamente o grau geotérmico da Zona Cristalina do Norte (ZCN), o que explica as idades mais antigas. Enquanto isso a região do MAPC as idades são mais jovens e o grau geotérmico mais elevado, assim como sua topografia. Assim conclui-se que nessa região as áreas com menores altitudes e mais frias irão preservar idades mais antigas do que as regiões mais elevadas com alto grau geotérmico.

Differential Phanerozoic evolution of cratonic and non-cratonic lithosphere from a thermochronological perspective: São Francisco Craton and marginal orogens (Brazil)

“…Low-temperature thermochronology has only seldomly been applied to basement rocks in the Brazilian interior, in particular not adjacent to our study area, thus the majority of our AFT data covers unexplored locality. Our new AFT data can be compared to a limited number of published AFT results (Amaral-Santos et al, 2019;Carmo, 2005;Doranti-Tiritan et al, 2014;Fonseca et al, 2020;Gallagher et al, 1994;Hackspacher et al, 2004;Jelinek et al, 2014;Martins-Ferreira et al, 2020;Van Ranst et al, 2020a) A clear distinction with respect to the tectonic province can readily be observed in the AFT data set presented here. In general, all AFT central ages range between 386 ± 31 Ma (sample 9) and 59 ± 4 Ma (Sample C11).…”

“…In addition, the absolute uncertainty increases for older ages. Previous AFT data have also revealed a Paleozoic cooling period in the southern Brasília Orogen (Doranti-Tiritan et al, 2014;Fonseca et al, 2020;Gallagher et al, 1994;Ribeiro et al, 2005) and in the north-eastern SFC (Jelinek et al, 2014;Japsen et al, 2012). Fonseca et al, 2020 suggest a close connection between the tectonic subsidence of the Paraná Basin and the coeval cooling of the Brasília Orogen.…”

“…Following the cessation of the Brasiliano orogenic cycle, the West Gondwana continental interior went through a consolidation stage, forming a relatively stable platform during the early Paleozoic (Carneiro et al, 2012;Zalán, 2004). Scarce low-temperature thermochronological data on the SFC and its margins, have revealed a pronounced Paleozoic cooling period in the southern Brasília Orogen (Doranti-Tiritan et al, 2014;Gallagher et al, 1994;Ribeiro et al, 2005) and in the northeastern SFC (Jelinek et al, 2014;Japsen et al, 2012). These authors tentatively relate the cooling event with far-field effects of the long-lived orogeny at the southern margin of Gondwana, i.e.…”

“…2: 1 to 4, Jelinek et al, 2014), the deposition of sedimentary sequences in the adjoining Paraná Basin (Fig. 2: 10 to 12, Ribeiro et al, 2005) and widespread Carboniferous glaciation (Doranti-Tiritan et al, 2014).…”

Geoquímica fluvial e balanço de denudação em Tinguaítos de Poços de Caldas, Minas Gerais

“…Segundo Franco et al (2005), a evolução da Caldeira Vulcânica de Poços de Caldas partiu de uma etapa de domeamento, causado por uma intumescência térmica, em cerca de 89,3 Ma, com a intrusão de rochas básicas/ultrabásicas, seguida de derrames de magmas alcalinos, até cerca de 65,0 Ma. A partir de 60 Ma houve uma tendência ao resfriamento lento e gradual, indicativo de intensos ciclos de soerguimento/erosão até aproximadamente 50 Ma, quando ocorre um pequeno aquecimento, de até ~5 Ma (Doranti-Tiritan et al, 2014). A Caldeira Vulcânica, com uma área de aproximadamente 800 km², é formada por fonólitos intrusivos e nefelina sienitos, seguidos de lavas fonolíticas e rochas piroclásticas, que incluem tufos, aglomerados e brechas (Figura 1).…”