Este estudo traz à baila algumas reflexões críticas sobre a política de promoção de línguas hegemônicas como línguas francas que culminam na expurgação dos Direitos Linguísticos de comunidades escolares minoritárias alóctones (DE VARENNES, 2001; OLIVEIRA, 2003, 2008; SILVA, 2021) e do ensino-aprendizagem de outras línguas não-hegemônicas dos documentos normativos (DUBOC, 2019) que regulamentam a atividade educativa plurilinguística nos anos finais do ensino fundamental e ensino médio, em algumas redes públicas estaduais. A metodologia empregada foi a de Revisão Sistêmica de Literatura (RSL) (ROTHER, 2007). O aporte teórico-analítico ancora-se nos estudos conceituais da Política Linguística (CALVET, 2002,2004, 2007), outrossim, na perspectiva Glotopolítica (GUESPIN; MARCELLESI, 1986; LAGARES, 2018), atentando-se às contramedidas e intervenções sociais para que o ensino plurilíngue, através de línguas eslavas e orientais, tenha algum tipo de sobrevida após alterações na Lei de Diretrizes de Bases nº 9394/96, feitas em 2017(BRASIL, 1996). Como resultado, é possível observar que algumas práticas e ações estaduais ocasionam e reforçam o apagamento da identidade linguística de algumas regiões, como o abandono e sucateamento do ensino plurilíngue iniciado por alguns governos, além da não inclusão do ensino de outras línguas nos programas de livros didáticos e de formação básica e continuada de professores.