Evidências científicas sobre as úlceras de pernas como sequela da hanseníase

Abstract

Resumo Objetivo Investigar as evidências científicas sobre as úlceras de pernas como sequela da hanseníase. Métodos Revisão Integrativa da Literatura (RIL). Para identificação do tema e questão de pesquisa, utilizou-se a estratégia PICo, na sequencia procedeu-se a busca nas bases de dados: Index to Nursing and Allied Health Literature (Cinahl), Literatura Latino-americana e do Caribe em Ciências da Saúde (Lilacs), Banco de dados em Enfermagem (BDENF), EMBASE (Elsevier), PUBMED (National Library of Medicine), SCOPUS (Elsevier), Web of Science (Clarivate Analytics), selecionados os descritores específicos para cada uma delas e elaboradas as respectivas estratégias de busca. Os idiomas considerados foram: inglês, português e espanhol. O período da RIL foi indeterminado. Para a seleção dos estudos, utilizou-se a ferramenta Ryyan que permitiu dois dos autores independentemente incluir, excluir, ou ficar indeciso, as discordâncias foram solucionadas por um terceiro. Os artigos selecionados foram classificados de acordo com a Agency for Healthcare Research and Quality (AHRQ). E para a interpretação dos resultados os artigos foram agrupados por semelhança e categorizados da seguinte maneira: autor, ano país, nível de evidência, objetivos e resultados, conclusão e recomendação. Resultados Identificou-se 415 estudos e 10 foram incluídos na revisão. O resultado principal obtido foi o tratamento tópico da úlcera, as vulnerabilidades e os determinantes que assolam os acometidos pela hanseníase não foram estudados. Conclusão Não há fortes evidências sobre as terapias para o tratamento de úlceras de pernas decorrentes da hanseníase que apoiem a diminuição de sequelas incapacitantes ocasionadas pela doença perpetuando o estigma e a desigualdade social.

Aspectos epidemiológicos da Hanseníase no Município de Caxias, do Estado do Maranhão

“…Quanto maior a demora em procurar atendimento ou ainda, de acordo com a gravidade da doença, há maiores chances de desenvolver sequelas permanentes decorrentes da hanseníase, neste aspecto, o número de lesões e o tratamento escolhido podem interferir (Chagas, Diniz, Lyon, Lyon, & Lana 2019). Visto isso, o tratamento deve ser centrado no ser humano e suas particularidades, promovendo assim, maior aceitação e melhor enfrentamento da doença (Guimarães et al, 2019).…”

Aspectos Epidemiológicos Da Leishmaniose Visceral No Estado Do Piauí No Período De 2015 a 2018

“…Associado a isso, há o déficit de produção sebácea, sudorípara, ocasionando hiperqueratoses, fissuras, lesões tróficas que facilitam a ocorrência de infecções, fraqueza e paralisia muscular gerando deformidades como mão em garra, pé caído, neste caso, a perda do coxim normal que contribui com o acolchoamento do pé pela paralisia da musculatura intrínseca. A própria deambulação somada ao uso de calçados inadequados, traumatismos mecânicos, e a presença de calosidades nas áreas que suportam mais peso, constituem-se em múltiplos fatores para etiologia das úlceras neuropáticas ou neurotróficas (BRASIL, 2008;ECHEVARRÍA;CERVERA, 2013;BATISTA et al, 2019;GUIMARÃES et al, 2019).…”

“…Úlceras de perna teriam fator anatômico relevante, uma vez que o terço inferior do membro apresenta um estreito coxim areolar na face anterior e na posterior muitos tendões agrupados com escassa cobertura de proteção (GUIMARÃES et al, 2019).…”

“…A úlcera cutânea em hanseníase, sobretudo quando crônica é uma incapacidade física que onera o sistema de saúde, e traz uma série de prejuízos à vida laboral, à socialização e ao bem estar psicológico do portador e sua família. Ademais, contribui para a perpetuação do estigma e marginalização associados historicamente a esse agravo (GUIMARÃES et al, 2019).…”

“…tuberculoide, seguida da virchowiana e dimorfa-virchowiana(MUÑOZ;GUIMARÃES; NERY, 2013;CHAGAS, 2018). A depender da forma, a formação da úlcera está ligada a diferentes processos patológicos, variando tanto características estruturais quanto o quadro clínico (ECHEVARRÍA; CERVERA, 2013).Nas formas virchowianas, como neste caso, o aparecimento das úlceras ocorre em estados crônicos e avançados não tratados através da formação de soluções de continuidade na pele em certas regiões, sendo resultantes ou não de dano neural predisponente.…”