ResumoO município de Curitiba está inserido na Bacia Sedimentar de Curitiba, que comparada às zonas montanhosas do seu entorno, Serra do Mar e zona dissecada do Grupo Açungui, pode ser considerada relativamente plana. Todavia, a análise específi ca do recorte geográfi co do município de Curitiba demonstra que a geomorfologia local não é monótona, mas pelo contrário, revela interessantes discrepâncias que são marcadas em domínios morfoestruturais diferenciados. Assim foram defi nidos pelo menos três domínios: (a) norte e noroeste; (b) centro e centro leste e (c) sul e sudeste. Tais domínios apresentam hipsometria bem variável com cotas máximas em torno de 1000 até 1020 m na região norte e noroeste e cotas mínimas entre 830 e 860 m. Igualmente há diferenciação nos relevos, que são constituídos por planícies aluvionares ou então por relevos mais enérgicos do tipo morrotes, tanto de topos alongados quanto arredondados. Por outro lado, os domínios apresentam diferentes graus de rugosidade, desde alto até baixo; declividades que na média estão entre 3 e 20%; vertentes côncavas naquelas com maior declividade e rugosidade, e convexas nas de menor declividade e rugosidade. Os rios de Curitiba no seu grande traçado estão encaixados em fraturas N-S, NW-SE e NW-SE e seus vales são assimétricos na maior parte das bacias de drenagem. Como característica principal, os rios Barigui, Belém, Ribeirão dos Padilhas e Ponta Grossa correm na base de escarpas de falhas, as quais estão bem erodidas e não são tão íngremes. O padrão de drenagem se v. 14, nº 4 (2013) www.ugb.org.br
Revista Brasileira de Geomorfologia