A Educação do Campo tem como parte constitutiva teórico-metodológica de sua totalidade, as concepções crítico-emancipatórias de “Educação” e de “Campo”. São poucos os intelectuais que conseguem contribuir de maneira interdisciplinar e interdependente para esse debate. Um desses intelectuais foi Carlos Rodrigues Brandão. Esse artigo tem o objetivo de refletir acerca do legado do autor para a Educação do Campo a partir de duas de suas obras: “O que é educação” (Brandão, 1988) e “O trabalho de saber: cultura camponesa e escola rural” (Brandão, 1999). A partir dessas obras refletiremos acerca de sua contribuição na teoria pedagógica crítico-emancipatória de educação formal e não-formal e, também, na discussão, pelo viés campesinista, de infância camponesa. A metodologia do trabalho é uma discussão teórica baseada nas obras citadas e nos trabalhos anteriormente publicados por Camacho (2008, 2011, 2022) cujos resultados da pesquisa foram produzidos sob a influência da perspectiva teórico-metodológica do autor em questão.