Resumo Este artigo aborda a questão da representação desproporcional de estudantes que pertencem a minorias (em particular migrantes/estrangeiros) na educação especial do Estado espanhol. Apesar de ser um fenômeno amplamente estudado em diversas latitudes, na Espanha foram escassas as pesquisas neste sentido. Por meio de uma análise estatística crítica, aproximamo-nos de um fenômeno que revela diferenças significativas dependendo dos territórios em que ocorre, e as diferenças são tão significativas que nos levam a questionar se os procedimentos de diagnóstico são os que estão "patologizando" as diferenças culturais. O fenômeno é considerado relevante para sua compreensão como mais uma concretização das estratégias de construção da diferença que operam no sistema educacional. Em suma, nosso objetivo é contribuir para a compreensão multidimensional e interdisciplinar da desigualdade educacional ligada à presença da população imigrante/estrangeira, adotando a educação especial como contexto central.