Abstract:ResumoEntre os povos indígenas presentes atualmente no Brasil incluem-se os Guarani. Desde o processo de expansão colonial, os conhecimentos dos povos colonizados -incluindo os saberes de práticas matemáticas -foram considerados pelos colonizadores como inferiores e sem valor. Diante deste quadro e da perspectiva multicultural da escola, este artigo tem como objetivo analisar o sistema de contagem Guarani e alguns símbolos gráficos das Aldeias Itaty do Morro dos Cavalos e M'Biguaçu, localizadas, respectivament… Show more
“…Surge, assim, o conceito de negociação. Silva & Caldeira (2016) relatam que, durante séculos, a relação da sociedade com os indígenas era repressiva e física e culturalmente violenta, cuja finalidade era negar a própria identidade desses povos. Ainda de acordo com os autores, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no censo de 2010, informa que havia no país cerca de 896,9 mil indígenas, organizados em 305 etnias declaradas, com 274 línguas; dessa totalidade, mais de 342,8 mil estão na região norte e mais 78,8 mil, na região sul.…”
Section: Uma Visão Sobre a Educação Indígena Brasileira Através De Alunclassified
ResumoAs lutas dos indígenas brasileiros devem-se, em parte, à preservação das suas terras contra fazendeiros e políticos. No caso dos Pankará, a adversidade levou-os ao reconhecimento étnico, à manutenção do território e ao direito de vivenciarem as suas práticas culturais na escola. Este estudo recorre ao ritual sagrado do toré, visando produzir um material educativo como organizador prévio para o(a) educador(a) indígena negociar significados interculturais entre a sua própria cultura e o saber escolar institucionalizado. O objetivo do material produzido é aludir metaforicamente às idealizações geométricas de círculo e dos seus elementos com o saber não indígena, e com isso despertar cultural e cientificamente o interesse de crianças pankará pelo saber matemático.
Palavras-chave:Ritual do toré; organizador prévio; conceito de círculo; educador indígena pankará.
AbstractMost struggles of indigenous peoples in Brazil are due in part to preserving their territory from farmers and politicians. The Pankará people, however, has overcome adversities to get its ethnicity recognized, maintain its territory, and live its culture at school. This study uses the sacred ritual of the toré in order to produce a pedagogical material as a previous organizer for Pankará educators to negotiate their cultural meanings between their own culture and the institutionalized knowledge. The pedagogical material approaches the geometrical idealizations of circle and its elements metaphorically as a non-indigenous knowledge to interest the Indigenous people culturally and scientifically.Keywords: Toré ritual; previous organizer; concept of circle; Pankará educators. Adotou-se aqui a grafia dos etnônimos brasílicos estabelecida pela "Convenção para a grafia dos nomes tribais", na 1ª Reunião Brasileira de Antropologia, realizada no Rio de Janeiro, em novembro de 1953; segundo a qual, os substantivos e adjetivos são invariáveis e grafam-se, no caso dos primeiros, com inicial maiúscula.
Introdução
“…Surge, assim, o conceito de negociação. Silva & Caldeira (2016) relatam que, durante séculos, a relação da sociedade com os indígenas era repressiva e física e culturalmente violenta, cuja finalidade era negar a própria identidade desses povos. Ainda de acordo com os autores, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no censo de 2010, informa que havia no país cerca de 896,9 mil indígenas, organizados em 305 etnias declaradas, com 274 línguas; dessa totalidade, mais de 342,8 mil estão na região norte e mais 78,8 mil, na região sul.…”
Section: Uma Visão Sobre a Educação Indígena Brasileira Através De Alunclassified
ResumoAs lutas dos indígenas brasileiros devem-se, em parte, à preservação das suas terras contra fazendeiros e políticos. No caso dos Pankará, a adversidade levou-os ao reconhecimento étnico, à manutenção do território e ao direito de vivenciarem as suas práticas culturais na escola. Este estudo recorre ao ritual sagrado do toré, visando produzir um material educativo como organizador prévio para o(a) educador(a) indígena negociar significados interculturais entre a sua própria cultura e o saber escolar institucionalizado. O objetivo do material produzido é aludir metaforicamente às idealizações geométricas de círculo e dos seus elementos com o saber não indígena, e com isso despertar cultural e cientificamente o interesse de crianças pankará pelo saber matemático.
Palavras-chave:Ritual do toré; organizador prévio; conceito de círculo; educador indígena pankará.
AbstractMost struggles of indigenous peoples in Brazil are due in part to preserving their territory from farmers and politicians. The Pankará people, however, has overcome adversities to get its ethnicity recognized, maintain its territory, and live its culture at school. This study uses the sacred ritual of the toré in order to produce a pedagogical material as a previous organizer for Pankará educators to negotiate their cultural meanings between their own culture and the institutionalized knowledge. The pedagogical material approaches the geometrical idealizations of circle and its elements metaphorically as a non-indigenous knowledge to interest the Indigenous people culturally and scientifically.Keywords: Toré ritual; previous organizer; concept of circle; Pankará educators. Adotou-se aqui a grafia dos etnônimos brasílicos estabelecida pela "Convenção para a grafia dos nomes tribais", na 1ª Reunião Brasileira de Antropologia, realizada no Rio de Janeiro, em novembro de 1953; segundo a qual, os substantivos e adjetivos são invariáveis e grafam-se, no caso dos primeiros, com inicial maiúscula.
Introdução
Resumen La etnia aymara llegó al Altiplano peruano en el siglo XI y, luego de conquistar a los Pukinas, se asentó a orillas del lago Titicaca, Perú-Bolivia. Para atender sus necesidades de contabilidad y organización, desarrolló un sistema de numeración, acorde a su contexto geográfico y de la mano con el sincretismo cultural, consecuencia de las conquistas. En ese marco, fue objetivo del presente artículo, identificar, analizar y sistematizar el sistema de numeración del pueblo aymara. La metodología empleada fue el cualitativo-etnográfico, consistente en visitas de campo y entrevistas a los mayores y jóvenes de las comunidades intervenidas, y revisión de fuentes documentales de la época colonial (1612 y 1616), respaldado por el enfoque de la Etnomatemática. Los resultados muestran que existen dos sistemas de numeración, y no solo uno como hasta ahora se creía, que actualmente se yuxtaponen: el originario de base quinaria que guarda información cuantitativa y cualitativa, sobre el que se estructuró el sistema numérico de base decimal, eminentemente oral.
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