Etiopatogenia Da Urolitíase Em Cães

Abstract

RESUMOA urolitíase é comum na clínica de cães e os casos de recidivas são frequentes. Decorre do desenvolvimento de urólitos no trato urinário e pode levar a alterações graves, como obstruções do fluxo urinário. Diversos fatores, sejam hereditários, congênitos ou adquiridos, podem estar envolvidos no desenvolvimento dos cálculos urinários. Os urólitos que mais frequentemente acometem animais da espécie canina são aqueles formados de estruvita, oxalato de cálcio, urato, cistina, fosfato de cálcio, xantina e sílica. No entanto, cálculos urinários com outras composições como de 2,8-diidroxiadenina podem acometer menos frequentemente animais dessa espécie. O conhecimento dos mecanismos que ocasionam a formação e o desenvolvimento dos diferentes tipos de urólito permite a instauração de protocolos de tratamento específicos mais eficientes e que reduzam a possibilidade de ocorrência de recidivas. PALAVRAS-CHAVE: cálculo urinário, canino, patogenia ETIOPATHOGENESIS OF UROLITHIASIS IN DOGS ABSTRACTUrolithiasis are common in dogs and recurrences are frequent. This disease results from the development of uroliths in the urinary tract and may lead to important conditions, such as urinary flow obstructions. Many factors, hereditary, congenital or acquired may be involved in the development of urinary calculi. In dogs, the most common urolith compositions are struvite, calcium oxalate, urate, cystine, calcium phosphate, xanthine and silica. However, urinary calculi with different compositions, such as 2,8-dihydroxyadenine may less frequently affect these animals. Knowledge of the mechanisms involved in the formation and growth of each urolith type allow the establishment of specific treatment protocols that are more efficient and reduce the possibility of recurrences.

Tela de polipropileno no reparo de hérnia abdominal em cão - relato de caso

“…As hérnias traumáticas em cães ocorrem em maior incidência nos casos de atropelamento, após o trauma os órgãos sofrem uma pressão, podendo levar à compressão de vísceras e protusão, gerando a herniação. (Sabiston, 2015;Prado et al, 2013;Raiser, 1999). No caso clínico relato, não foi possível identificar a etiologia, por ser um animal Na hérnia é possível encontrar intestino, omento, bexiga, gordura prostática, baço e em fêmeas não castradas é possível encontrar útero gravídico ou normal (Simões, 2022).…”

“…No pós-operatório, o animal evoluiu bem possui um prognóstico reservado, devido os riscos de recidivas, além das complicações como peritonite e a necessidade de uma nova intervenção cirúrgica (Prado et al, 2013). O Animal foi mantido em observação devido à possibilidade de uma complicação no pós-cirúrgico, porém ele se manteve estável e deve alta, dando continuidade aos cuidados em sua casa.…”

Urolitíase canina e felina

“…O núcleo se dá pela parte principal do urólito e por onde se dá início a todo o processo de formação do cálculo. Esta etapa, denominada de nucleação, começa quando se tem a supersaturação de urina por materiais litogênicos e é influenciada por três fatores: aumento do grau de excreção urinária dos minerais, redução de inibidores de cristalização e o pH urinário (ARIZA et al, 2015;ULRICH et al, 2009).…”

“…Estes urólitos podem ser classificados também de acordo com a sua composição química em simples (quando são compostos por mais de 70% de um mesmo material), mistos (quando possuem mais de um material, porém não atinge a 70% da constituição do urólito), ou compostos (quando são formados por diversos tipos de materiais devidamente identificados) (ARIZA et al, 2015;GOMES et al, 2022).…”

“…Processos obstrutivos, principalmente na região de uretra em cães são mais frequentes em machos do que em fêmeas por conta da sua anatomia, entretanto, em relação a formação de cálculos, as fêmeas, principalmente de raças pequenas, têm um risco maior de desenvolver as litíases. Schnauzers Miniatura, Shih Tzus, Lhasa Apsos, Yorkshire Terriers e Pugs se mostram como as raças mais predispostas, e animais de meia idade à idosos também podem ser mais relevantes na clínica a formarem cálculos, principalmente de fosfato amoníaco magnesiano (estruvita) e oxalato de cálcio (ARIZA et al, 2015;FOSSUM, 2021).…”