O intensificado fluxo migratório na contemporaneidade produz possibilidades de encontros plurais e aprendizagens entre os que migram e os que recebem, mas também produz, segundo nossa percepção e vivência, muitas violências e sofrimentos. Desta maneira, o objetivo inconcluso deste ensaio é narrar brevemente um proto-projeto envolvendo migrantes de diferentes nacionalidades que integram a rede municipal de educação da cidade de Francisco Morato, São Paulo, Brasil. Para tanto, buscamos contextualizar nosso leitor para, a partir de um referencial teórico que pauta pelo acolhimento, tecer reflexões que ressaltam nossa indignação e denúncia das desumanidades que o colonialismo impõe sobre o sistema educacional. Nosso movimento pauta-se por premissas que visam à uma práxis anticolonial para a reversão dessa operação colonizante e excludente. Nosso ensaio não é concluído, pois isso ainda não possível enquanto continuarmos operando nesta sociedade que produz o sujeito migrante para, em seguida, oprimi-lo das formas mais vis possíveis. Por conseguinte, seguimos indignados!