Ethnobotanical Knowledge on Non-conventional Food and Medicinal Plants in Rio Cajari Extractivist Reserve, Amazon, Brazil

Abstract

Background:Information on the knowledge, management and ways of using food and medicinal plants by traditional populations, family farmers and Brazilian native population in the Amazon is essential to guarantee the sovereignty of these groups. The objective of this study was to evaluate the diversity, knowledge and ways of using non-conventional food and medicinal plants in traditional communities in a conservation unit in the Brazilian Amazon.Methods:This study was conducted using semi-structured interviews applied to local respondents. Fifty-six residents were interviewed in 26 communities. The Indices of Use Value (UVI) and relative frequency of species citation (Fr) were evaluated; also, their diversity and equitability using the Shannon- Wiener (H’) Pielou (J’) indices, respectively. The species were listed according to their family, scientific name, popular names, categories of use, propagation environment, growth habit, medicinal indications, domestication status, production cycle and herbarium registration.Results:A total of 269 species of both non-conventional food and medicinal plants were identified, distributed in 84 botanical families, 198 genera, in addition to 13 unidentified species. The Arecaceae and Lamiaceae families had the highest species richness (11 and 7, respectively). Eryngium foetidum L. (Apiaceae) and Ipomoea potatoes L. (Convolvulaceae) presented the highest relative citation frequencies (19.7 and 19.3, respectively) and the highest index of use value of the species (0.94 and 0.92, respectively). The Shannon-Wiener (H’) and Pielou (J’) diversity indices were considered high (5.02 and 0.9, respectively) when compared to other ethnobotanical works carried out in Brazil and in the Amazon.Conclusions:A wide relationship of use was observed between the species under study and the population of this conservation area. In the environment in which these families are found, of geographical isolation and distance from urban centers, these species become, in many circumstances, the only food and medicinal resources, therefore, being fundamental to the sovereignty of these families.

USOS MEDICINAIS DE Schinus terebinthifolia Raddi (ANACARDIACEAE) EM DIFERENTES REGIÕES DO BRASIL: UMA REVISÃO

“…Na região Norte do país, foram identificados documentos científicos sobre o uso medicinal de S. terebinthifolia para os estados de Rondônia (CAETANO et al, 2014;), Pará (CAJAIBA et al, 2016PALHETA et al, 2017) e Amazonas (PAULA FILHO et al, 2020). O chá das folhas e cascas dessa espécie é utilizado por frequentadores dos ambulatórios Santa Marcelina, município de Porto Velho, Rondônia, para o tratamento de infecção urinária e inflamação (CAETANO et al, 2014).…”

“…No estado do Pará, as cascas, raízes e folhas da aroeira são utilizadas no preparo de chá e garrafada, e recomendados para o tratamento da inflamação, artrite, cicatrização, reumatismo, distensão dos tendões, infecção uterina, infecção intestinal, gastrite e câncer (CAJAIBA et al, 2016;PALHETA et al, 2017). A partir de um levantamento etnobotânico realizado por Paula Filho et al (2020) na Reserva Extrativista do Rio Cajari, Amazônia, observou-se que as cascas desta espécie são utilizadas no preparo de chá e indicado para o tratamento de gastrite e vermes. Um estudo realizado por Carlini et al (2010) comprovou que a decocção das cascas de S. terebinthifolia apresentou atividade antiulcerogênica em ratos, podendo ser útil para o tratamento de doenças gástricas.…”

“…Schinus terebinthifolia é popularmente conhecida como aroeira-da-praia, pimenta brasileira ou aroeira, e ocorre nos domínios fitogeográficos da Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica e Pampa (RAMOS et al, 2019;GOMES et al, 2020;SILVA-LUZ et al, 2020). Seu uso na medicina tradicional tem sido relatado em vários estudos etnobotânicos, sendo indicada principalmente para o tratamento da inflamação (SANTOS et al, 2009;CASTRO et al, 2011;SOUZA e DÓRIA, 2016), cicatrização (SILVA et al, 2012PAIXÃO et al, 2016;MELRO et al, 2020), infecções (CAETANO et al, 2014PALHETA et al, 2017), úlcera (OLIVEIRA e LUCENA, 2015) e gastrite (PAULA FILHO et al, 2020).…”