Estudo no Atletismo brasileiro: estruturas físicas, equipamentos esportivos e objetivos para o esporte

Abstract

Este estudo, quanto aos fins, é de caráter quali-quantitativo e, quanto aos meios, utiliza-se de pesquisa documental para obtenção dos dados. Teve como objetivo geral identificar as estruturas físicas recentes do atletismo brasileiro, seus objetivos e a distribuição geográfica das principais entidades promotoras deste esporte entre os anos de 2013 e 2016. Informações documentais foram obtidas por meio de sites esportivos, governamentais. Conjuntamente, realizou-se um levantamento de dados no site da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt) do ranking dos melhores atletas entre os anos de 2013 à 2016. A análise qualitativa foi realizada a partir dos preceitos do método Análise do Conteúdo de Bardin e a quantitativa, através do programa IBM SPSS Statistics para Mac, versão 20.0. Fizeram parte deste levantamento, no período supracitado, 4203 atletas de atletismo e suas respectivas instituições. Os resultados apontaram que há uma concentração maior das estruturas físicas esportivas destinadas tanto à iniciação esportiva, quanto ao rendimento, nas regiões de maior desenvolvimento econômico do país (Sul e Sudeste), mas sem deixar de ter uma distribuição geográfica interessante, em algumas cidades das regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Destaca-se que há iniciativas por meio de construção, reformas e equipagem das instalações de atletismo. Constatou-se que a estrutura física desta modalidade em universidades públicas, clubes, instalações militares, complexos multiesportivos, instalações municipais, estaduais, federais, Centros Nacionais, Regionais e Locais. Porém, poucas delas oferecem equipamentos esportivos para o rendimento esportivo. Em suma, os achados deste estudo auxiliam o Brasil a melhor definir os objetivos para com o atletismo brasileiro.

A trajetória de formação de treinadores brasileiros de atletismo considerando seu contexto evolutivo

“…Porém, mesmo sem o oferecimento de boas estruturas, os treinadores de Mato Grosso (Brasil) atuam com uma diversa demanda de níveis e provas. No estudo de Caregnato et al (2021) também se constatou que a maioria dos clubes de atletismo do país possui atletas em todas as categorias analisadas (da iniciação ao alto rendimento), mas muitas equipes priorizam os níveis mais altos de rendimento, não focando atenção necessária às etapas formativas.…”

“…Os melhores resultados oportunizam as equipes de possuírem maior oferta de atividades e treinadores, atendendo a um número maior de atletas, obtendo, consequentemente, mais resultados. No entanto, Caregnato et al (2021) investigando as estruturas do atletismo também no Brasil, apontam que há uma concentração maior de estruturas ambientais/físicas esportivas destinadas à iniciação esportiva e ao rendimento nas regiões de maior desenvolvimento econômico (Sul e Sudeste). Tal informação expõe o quanto é urgente o conhecimento da realidade dos treinadores de atletismo brasileiros para aproximar as pesquisas dos contextos reais de treinamento, uma vez que a estrutura encontrada no contexto dos treinadores de atletismo de Mato Grosso, região Centro-Oeste do Brasil, desvela situações precárias.…”

“…Dentre os estudos que investigaram a formação de treinadores no Brasil no futebol (Furtado et al, 2019) e no basquetebol (Reis et al, 2016;Tozetto et al, 2019), percebe-se a exiguidade de informações quanto a modalidade de Atletismo. Caregnato et al (2021) sugerem investigar a opinião dos treinadores de atletismo a respeito das estruturas, da detecção e seleção de talentos, apontando uma carência de estudos específicos da realidade brasileira. Nessa perspectiva, Egerland et al (2013) entrevistaram treinadores de modalidades individuais e coletivas no estado de Santa Catarina (Brasil), e seus achados indicam a necessidade de cursos centrados na atividade profissional e nos conhecimentos e habilidades consideradas fundamentais para a atuação e sucesso na carreira de treinador.…”