Anacardium occidentale L. é uma espécie arbórea, pertencente à família Anacardiaceae, encontrada em muitos países. No Brasil, é conhecida popularmente como “cajueiro”, “cajueiro roxo”, sendo considerada uma espécie nativa brasileira que apresenta ampla distribuição em todo o território nacional. Portanto, o objetivo deste estudo foi avaliar o efeito do tratamento materno com o extrato de A. ocidentale na toxicidade materna e no desenvolvimento pós-natal da prole de ratos. Procedeu-se o estudo fitoquímico preliminar da planta, no qual realizaram-se testes qualitativos para identificação de alcalóides, flavonoides e taninos através de reações clássicas de coloração e precipitação. Foram utilizadas ratas fêmeas primíparas, da linhagem Wistar, com idade entre 90 e 120 dias, e peso de 200 ± 50g. As ratas foram acasaladas por 24 horas, sendo uma fêmea para cada macho. Após a confirmação da prenhez, as ratas gestantes foram alojadas em gaiolas-maternidade individuais, divididas aleatoriamente em dois grupos: Grupo CONTROLE (n=9) que recebeu água destilada por gavagem; e grupo EXTRATO (n=9), que recebeu a dose de 100mg/kg do extrato bruto do Anacardium occidentale, por meio de gavagem do primeiro dia de gestação até o final da lactação. Durante a gestação, foram avaliados os sinais de toxicidade das progenitoras e o desenvolvimento somático e físico da prole. Os resultados deste estudo apontam que a administração do extrato hidroalcóolico da folha do cajueiro roxo afetou o desenvolvimento físico e somático da prole, sugerindo efeito tóxico neonatal. Além disso, esse extrato também induziu toxicidade materna sistêmica, caracterizado pela presença de sinais clínicos de toxicidade.