IntroduçãoDevido as suas características intrínsecas, como seu baixo peso específico, boa resistência a corrosão e alta condutibilidade elétrica e térmica, o alumínio vem sendo cada vez mais utilizado pelas indústrias automotivas e aeronáuticas. Ainda, questões ambientais devem ser consideradas da produção de ligas mais leves, econômicas, já que devem gerar menor quantidade de poluentes para a atmosfera e diminuir o consumo energético [1].Fiovaranti e Junior [2, 3] relatam a dificuldade de obtenção de juntas soldadas de qualidade por processos de soldagem por fusão quando se utiliza ligas de alumínio tais como 2XXX em aplicações estruturais. A dificuldade é causada pela diferença entre os coeficientes de dilatação térmica das regiões já solidificadas e o filme da fase liquida, com composição semelhante ao do eutético, fator este que causa às ligas 2XXX inúmeras trincas no estágio final da solidificação dos cordões de solda. Da mesma forma, é bastante significativa a perda de propriedades mecânicas da junta soldada quando comparada ao metal de base.Devido à grande dificuldade em se unir essas ligas, em 1990, o The Welding Institute (TWI) -Inglaterra desenvolveu a Soldagem por Fricção Rotativa com Mistura, e em 1991 a patenteia. Desde a sua invenção, esse processo de soldagem tem obtido uma atenção mundial. Este processo de soldagem é baseado na deformação plástica através de uma ferramenta rotativa não consumível em que o material não chega a atingir a temperatura de fusão. Essa característica atribui ao processo grande vantagem em relação aos processos convencionais envolvendo fusão, eliminando os defeitos provenientes da solidificação [4].Ligas consideradas de extrema dificuldade de serem soldadas, como as ligas de alumínio da série 2XXX, estão tendo sucesso expressivo com esse processo de soldagem. Conforme Genicolo