Na cidade de São Paulo, as altas concentrações de material particulado fino (MP2.5) na atmosfera trazem à tona os problemas relacionados à má qualidade do ar e à saúde humana. O presente trabalho teve como objetivo o estudo do MP2.5 e suas propriedades ópticas na Zona Leste da capital. A partir de dados fornecidos pelas estações de monitoramento da qualidade do ar da CETESB, e por um fotômetro pertencente à rede AERONET (https://aeronet.gsfc.nasa.gov), foram analisados a variação temporal do MP2.5, e os parâmetros profundidade óptica do aerossol (AOD), expoente de Ångström (AE) e albedo simples (SSA), no período entre 2017 e 2021. Os resultados mostraram que, ao longo dos 5 anos, as concentrações do poluente estudado ficaram acima do padrão diário de qualidade do ar da CETESB em 19 dias, e acima do valor recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em 913 dias. A concentração média do MP2.5 para o período foi de 17,79 μg/m³. As concentrações de MP2.5, assim como os parâmetros AE, AOD e SSA, apresentaram picos em seus valores durante a estação seca, devido às condições meteorológicas desfavoráveis, influenciados pelas fontes locais e por aerossóis provenientes da queima de biomassa. Os resultados indicaram a necessidade de atenção por parte dos órgãos competentes para incentivar novas tecnologias e medidas que minimizem a emissão de poluentes, especialmente na Zona Leste de São Paulo, região densamente povoada, com a presença de indústrias e vias de grande tráfego de veículos.