Estudo clínico, randomizado, duplo-cego, em crianças com adenóide obstrutiva, submetidas a tratamento homeopático

Abstract

OBJETIVO: Avaliar a eficácia e segurança do tratamento homeopático em crianças com adenóide obstrutiva, com indicação cirúrgica. FORMA DE ESTUDO: Clínico prospectivo. Material e método: Estudo prospectivo, duplo-cego, randomizado, em que foram incluídas 40 crianças com idade variando de 3 a 7 anos, 20 crianças foram tratadas com medicação homeopática individualizada (Simillimum), baseada no princípio da similitude e 20 crianças receberam placebo. Todas as crianças do grupo medicação homeopática foram medicadas diariamente com Agraphis nutans 6 CH, Thuya 6 CH e Adenóide 21CH; e as do grupo placebo receberam diariamente medicamentos sem o princípio ativo. A duração do estudo de cada paciente foi de 4 meses. A avaliação dos resultados foi clínica, por meio de questionário padrão, de exame otorrinolaringológico e nasofaringoscopia direta com fibroscópio flexível, no primeiro e no último dia de tratamento. Utilizou-se como critério de inclusão a adenóide que ocupou mais do que 70% da luz coanal. RESULTADOS: Das 20 crianças tratadas com medicamento homeopático, 13 não apresentaram alteração no tamanho da adenóide nos exames nasofaringoscópicos e 7 tiveram diminuição da adenóide; das 20 crianças que receberam placebo por 4 meses, 11 não apresentaram alterações no tamanho da adenóide, 4 tiveram diminuição da adenóide e 5 crianças tiveram aumento. Não houve diferença estatística significante entre os grupos (P= 0,069). Na avaliação clínica da evolução dos pacientes, dos 20 pacientes tratados com medicamento homeopático, 17 se mantiveram inalterados, com respiração oral e ronco, um paciente melhorou, ficando sem ronco e dois foram curados, isto é, a respiração alterou-se de oral para nasal e sem ronco. Dos 20 pacientes tratados com placebo, 17 pacientes se mantiveram inalterados, um paciente melhorou do ronco e dois foram curados, não tendo havido diferença estatística significante entre os grupos (P>0,999). CONCLUSÕES: O tratamento homeopático não foi eficaz nas crianças com adenóide obstrutiva, mantendo-se a indicação cirúrgica em 85% dos pacientes. O medicamento homeopático não provocou eventos adversos nas crianças.

Alternativas terapêuticas e aplicação de bacteriófagos como estratégia no uso de antibióticos no tratamento de doenças bacterianas

“…At the end of the study, among the group treated with homeopathic medicine, 22% of patients had acute tonsillitis and 78% did not, while in the placebo group 67% of patients had acute tonsillitis and 33% did not. This statistic demonstrates a greater efficacy favorable to the use of homeopathic treatment 15 .…”

“…A study by Furuta et al 15 involving samples of pediatric patients showed that children had a diagnosis of recurrent tonsillitis, which were divided into two doubleblind groups, where a group of 20 patients would receive homeopathic medicine and another group of 20 patients would receive a placebo. Both groups underwent through a daily treatment for 4 months.…”

Individualized Homeopathic Medicines in the Management of Symptomatic Adenotonsillar Hypertrophy in Children: A Prospective Observational Study

“…The results of two randomized controlled trials, using a combination (complex) homeopathic medicine compared to placebo, showed no statistically significant effect on obstructive adenoids/adenoid vegetations. 21 22 Conversely, a positive impact for a homeopathic treatment (either as a single complex formulation or as an individualized prescription) has been reported in tonsillitis. 23 24 25 Further research is clearly required to build a body of evidence in homeopathy for ATH, particularly in individualized treatment.…”

A Homeopatia Como Proposta Terapêutica: Evidências Históricas E Científicas

“…Uma recente revisão foi publicada em 2016, contendo 28 estudos de grande qualidade metodológica segundo os parâmetros estabelecidos pela Cochrane Collaboration, estes relataram efeitos leves (68%) e moderados (25%).A eficiência e a segurança da homeopatia em crianças apresentando amigdalite recorrente, um processo inflamatório infeccioso nas tonsilas palatinas, foi avaliada em um estudo prospectivo, duplo-cego, randomizado, onde foram estudadas 40 crianças entre três e sete anos de idade por quatro meses; vinte foram tratadas com Baryta carbônica, indicada por inúmeros autores. O tratamento foi eficaz quando comparado ao placebo, excluindo 78% das crianças da indicação cirúrgica, sem ter provocado eventos adversos(FURUTA et al, 2017).Pediátrica para buscar medicamentos, sendo Borax (BOR), Arsenicum álbum (ARS), Mercurius solubilis (MERC) e Sulphuricum acidum (SUL-AC) os mais experimentados(GRECK, 2016). O gênio epidêmico permite observar por semelhança entre as diversas substâncias, aquela mais acertada ao quadro da epidemia.…”