Estresse salino na emergência e desenvolvimento inicial de plântulas de jurema-branca

Abstract

A Piptadenia stipulacea Benth., conhecida popularmente como jurema-branca, é uma espécie arbórea de pequeno porte, nativa da Caatinga, amplamente distribuída na região Nordeste do Brasil, sendo considerada de grande interesse comercial, econômico e ambiental para a região pelas suas características de uso múltiplo. O presente trabalho teve com o objetivo avaliar o efeito de diferentes concentrações salinas em água de irrigação na emergência e desenvolvimento inicial de plântulas de jurema-branca. O delineamento estatístico utilizado foi o inteiramente casualizado, com sete tratamentos e quatro repetições, com 25 sementes cada. Os tratamentos consistiram das concentrações salinas (0,5; 1,5; 2,5; 3,5; 4,5; 5,5 e 6,5 dS m-¹), que foram obtidas através da adição de NaCl em água de forma que as soluções fossem calibradas para as condutividades elétricas pré-estabelecidas. As variáveis avaliadas foram a porcentagem de emergência, velocidade de emergência, altura de plântula, número de folhas, comprimento de raiz e massa seca da parte aérea, raiz e total. A espécie possui tolerância moderada a salinidade, suportando salinidades de 4,5 dS m-¹ sem que haja perdas significativas de germinação e número de folhas. No entanto, a irrigação com água salina afeta de forma negativa as plântulas de jurema-branca, comprometendo seu desenvolvimento quanto ao acúmulo de massa e crescimento da parte aérea.

Emprego de água biossalina na germinação de sementes de espécies florestais da Caatinga – uma revisão

“…Entre as principais técnicas para analisar a tolerância das espécies está à avaliação da germinação e do índice de velocidade de germinação de sementes submetidas à salinidade, pois quando estas conseguem estabelecer plântulas normais é um excelente indício de que nos estádios seguintes conseguirão se manter no ambiente (Nogueira et al, 2020).…”

“…A jurema-branca (Piptadenia stipulacea Benth.) mostrou-se moderadamente tolerante a salinidade, apresentando um bom desenvolvimento a níveis de salinidade de 4,5 dS.m -1 , sem que ocorressem perdas significativas na germinação e no número de folhas, mas o aumento da salinidade comprometeu a biomassa das plântulas (Nogueira et al, 2020).…”