Estresse precoce no desenvolvimento: impactos na saúde e mecanismos de proteção

Abstract

Estudos de Psicologia I Campinas I 33(4) I 587-599 I outubro -dezembro 2016 ResumoEste artigo tem por objetivo, primeiramente, apresentar uma abordagem do desenvolvimento na área de saúde da criança, focalizando modelos teórico-conceituais sobre o impacto do estresse precoce no desenvolvimento e na saúde. Em segundo lugar, busca apresentar pesquisas na área de Psicologia Pediátrica, que foram realizadas no âmbito de um hospital universitário público, com neonatos e crianças hospitalizadas, cujas condições clínicas ou de tratamento médico envolviam situações altamente estressoras. O artigo trata dos principais modelos teórico-conceituais sobre estresse precoce com impacto no desenvolvimento e na saúde, a saber: Sameroff; Evans e Wachs; Shonkoff; e Kazak. As pesquisas, por sua vez, abordam a exposição a estressores durante a hospitalização de neonatos e crianças, bem como suas mães, e intervenções preventivas para manejo de estresse e/ou dor. Ao final do artigo, é apresentado um modelo com diretrizes para promover a transferência de evidências científicas para a prática clínica, visando implementar mudanças no âmbito hospitalar. Palavras-chave:

Maternal depression: Associations between behavioral problems in school-aged children, organization patterns, adversities, and family environment resources

“…The analysis of these associations clearly shows the importance of identifying family organization conditions that may be possible protective factors of children development. This is due to the importance of actions that promote family protective resources, such as those proposed by Linhares (2016) and Walsh (2016), corroborating the empirical data reported by Cid (2015) and Marturano and Elias (2016).…”

“…Accordingly, in addition to the risks for adverse child development, it is necessary to consider the mechanisms that can protect or neutralize adverse impacts on children and families (Linhares, 2016). Walsh (2016) argued that in order to deal with adverse conditions, families count on protective resources that enable adaptation, such as family organization patterns.…”

Skin-to-Skin” Contact in Pain Prevention in Preterm Infants: Systematic Review of Literature

“…The inclusion of pain assessment and management in intensive care protocols is necessary to protect the development of the infants (Linhares, 2016). In this sense, pain relief prevention strategies should be offered, considering the impact of nociceptive stimuli in the neonatal phase, through pharmacological and non-pharmacological measures (Linhares & Doca, 2010).…”

Non-pharmacological management of neonatal pain: Research and clinical practice in the Neonatal Intensive Care Unit

“…Toxic stress consists of high reactivity, with frequent and ongoing arousal of the body in response to stressful events Shonkoff, 2010;Shonkoff & Levitt, 2010;Shonkoff et al, 2012). The stressful experience at early ages with no adequate protective support could have a negative impact on the development in the short-, medium-and long-term (Linhares, 2016) and on health in adulthood (Shonkoff, 2012).…”