O hormônio androgênico masculino, mas que também está presente, em menor quantidade, nas mulheres – a testosterona. Em decorrência de suas ações anabólicas, os esteroides anabolizantes (EAs) são usados por atletas para melhorar o desempenho físico; no entanto, seu uso tem sido crescente entre pessoas que praticam atividade física, tanto em forma de lazer, com o simples objetivo de melhorar a aparência física, quanto profissionalmente. O que se tem percebido é que os usuários de EAs fazem uso de doses suprafisiológicas, capazes de ocasionar o aparecimento de sérios efeitos colaterais, como os prejuízos cardiovasculares. Isso traz sérias consequências a quem faz uso indiscriminado e abusivo das substâncias e se configura como um problema muito preocupante a nível de saúde pública. Esta revisão tem por objetivo analisar o risco da utilização de esteroides anabolizantes e sua relação com as alterações cardiovasculares. A revisão foi realizada por meio das bases de dados SciELO, PubMed, ScienceDirect e Google Scholar em estudos publicados no período de 2003 até 2023. O uso abusivo de EAs, como visto, transforma a hipertrofia cardíaca fisiológica em patológica. A pessoa ultrapassa os liames da beleza rapidamente, a passos largos rumo às doenças, por assim dizer. Estas alterações prejudiciais ao tecido cardíaco têm a ver com o aumento de fibrose, a redução da densidade capilar e o fluxo sanguíneo no miocárdio, o que conduz o organismo ao aumento nas vias pró-apoptóticas. Tais efeitos podem ser silenciosos por um certo tempo, mas logo podem levar os indivíduos a cardiopatias como, por exemplo, a insuficiência cardíaca, o que torna o uso de EAs um importante problema de saúde pública.