Estenose de carótida extracraniana: revisão baseada em evidências

Abstract

RESUMO A doença vascular cerebral extracraniana é uma das mais importantes causas de morte e de incapacidade em todo o mundo e seu tratamento se baseia em estratégias clínica e cirúrgica, sendo que esta última pode ser feita pelas técnicas convencional ou endovascular. O manejo da estenose da bifurcação carotídea visa principalmente a prevenir o acidente vascular cerebral e tem sido objeto de extensa investigação. O papel do tratamento clínico tem sido re-enfatizado, mas a endarterectomia de carótida permanece como o tratamento de primeira linha para pacientes sintomáticos com estenose de 50% a 99% e, para pacientes assintomáticos, com estenose de 60% a 99%. A angioplastia com stent é reservada para pacientes sintomáticos, com estenose de 50% a 99% e com risco elevado para a cirurgia aberta, por motivos anatômicos ou clínicos. Atualmente, o procedimento endovascular não é recomendado para pacientes assintomáticos que tenham condições de serem submetidos ao tratamento cirúrgico convencional. O Brasil apresenta tendência semelhante à de outros países da América do Norte e Europa, observando a manutenção da endarterectomia como a principal indicação para o tratamento da estenose carotídea e reservando o procedimento endovascular para casos em que há contraindicações para a primeira intervenção. Todavia, temos de melhorar os nossos resultados, reduzindo as complicações, notadamente a taxa de mortalidade geral.

Accuracy of duplex ultrasonography versus angiotomography for the diagnosis of extracranial internal carotid stenosis

“…We performed independent accuracy analyzes according to ICA stenosis ranges (50%-94% and 70%-94%). We considered results positive in the range of 50%-94% stenosis, as in clinical practice this range confirms the presence of significant carotid stenoses in DUS, that is, those that produce changes in volumetric flow and velocity 19 , in addition to being the cutoff for the indication of revascularization in symptomatic patients 5 , 9 . A patient presenting with ICA stenosis of 50%-94% commonly undergoes a confirmatory test with a reference test (CTA or MRA) before revascularization 5 , 9 , 20 .…”

“…We considered results positive in the range of 50%-94% stenosis, as in clinical practice this range confirms the presence of significant carotid stenoses in DUS, that is, those that produce changes in volumetric flow and velocity 19 , in addition to being the cutoff for the indication of revascularization in symptomatic patients 5 , 9 . A patient presenting with ICA stenosis of 50%-94% commonly undergoes a confirmatory test with a reference test (CTA or MRA) before revascularization 5 , 9 , 20 . In another analysis, we considered ICA stenosis to be positive at a 70%-94% range because it is considered more severe, associated with a greater risk of stroke and death, and this is still today the cutoff for indicating revascularization in asymptomatic patients who present additional risks 8 , 9 , 14 .…”

Indicações para ecodoppler de carótidas em pacientes assintomáticos - estamos solicitando corretamente?

“…Os principais fatores de risco para doença carotídea extracraniana incluem: idade avançada, hipertensão arterial sistêmica (HAS), tabagismo, hipercolesterolemia, diabetes melito (DM), sexo masculino, obesidade, doença arterial obstrutiva periférica (DAOP), doenças arteriais coronarianas (DAC) e cardíacas [6][7][8] . A aterogênese, seguida da formação de placas ateromatosas, está relacionada a eventos cerebrovasculares 9 .…”

Angiography with the 256-multislice spiral computed tomography and its application in evaluating atherosclerotic plaque and cerebral ischemia

“…[ 2 , 3 , 5 ] Recently, it is considered that unstable atherosclerotic plaque of carotid arteries is one of the major risk factors for the development of acute cerebral event. [ 6 – 8 ] Therefore, evaluation on the plaque stability in the carotid arteries may serve as a predicting factor for cerebral events in clinic.…”

“…In this content, ulceration is a major pathologic process in the development of unstable plaques. [ 8 , 9 ] Ulcerated plaques possess unique morphology and can be detected with noninvasive imaging scanning. In this regard, multislice computerized tomographic angiography (MSCTA) has been used to determine carotid arterial stenosis and morphology of the atherosclerotic plaques, especially, ulcerated plaques.…”