Este artigo se fundamenta na perspectiva estrutural de redes sociais para explicitamente endereçar lacunas na pesquisa em Ensino de Ciências. Primeiro, avalia-se a estrutura e a evolução da rede de coautoria na pesquisa em Ensino de Ciências em espaços não formais em 40 anos de investigação. Destaca-se a fragmentação e a propriedade de um modelo de mundo-pequeno, com pesquisadores que criam novos laços de coautoria formando agrupamentos localmente conectados, e pesquisadores que cruzam fronteiras. As implicações dessas constatações para a atividade de pesquisa na área são então discutidas. Com isso, é ampliada a discussão para outras temáticas na área de pesquisa em Ensino de Ciências, sugerindo que a múltipla atuação em diferentes temáticas é um eixo organizador das relações de colaboração que resultam em coautoria. Empiricamente, constata-se que os trabalhos com dois ou três autores e altos índices de fragmentação constituem o padrão nas temáticas da área. Além disso, há indicativos que a especificidade de um tema na área de pesquisa em Ensino de Ciências não o torna mais colaborativo. Por fim, discutimos as limitações e propomos encaminhamentos para futuros trabalhos. Conclui-se que a superação de desafios metodológicos na construção de um banco de dados consolidado é mais um passo importante na maturidade da área de pesquisa em Ensino de Ciências.