Naturalmente os primeiros são para meu orientador, "o" Carvalheiro, como nos referimos a ele. Além de orientador, conhecido de muitos anos e parceiro em outras publicações. À Luiza Heimann, coordenadora do núcleo ISIS, no Instituto de Saúde, da Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo. Minha "chefe" e amiga, quem me encaminhou nas veredas da saúde coletiva. Talvez não saiba, mas possui um grande coração. À Virgínia Junqueira, camarada para qualquer hora. De inestimável ajuda nas versões do francês para o português da o bra "Genèse du discours" de Maingueneau. Ainda ouço sua voz sonolenta, de tanto cansaço, nas fitas gravadas. E, nas horas vagas, revisora das linhas traçadas nesta dissertação. À Jucilene Rocha e à Roberta Boaretto, sempre prestes a me socorrer nas horas mais difíceis e pesadas. Sinceros agradecimentos. Alvíssaras. Ao Carlos Tato, companheiro de primeira hora, desde antes a qualificação, nos caminhos da virtualidade da Internet. Momentos de comédia quando tentamos nos comunicar com Maingueneau pelo correio eletrônico. Ao Chagas, à Tânia e ao Flaviano, por estarem perto quando precisamos. À Banca de Qualificação, Profª Cremilda e Profº Seixas, pelas sugestões. Ao Frederico Ripke pela ajuda no inglês. Ao Nelson, pela diagramação final desta dissertação. Ao Lauro Ibanhes, pela co-autoria do pré-projeto. O trem estava andando. À minha filha Julia que, apesar da idade, soube compreender as rabugices de um pai estressado pela pressão. Já podemos voltar a fazer a lição de casa juntos. Por último, à minha mulher Percilia, que esbanjou compreensão na reta final, agüentando a barra sozinha nesse período tenso. Um grande beijo. Resumo PESSOTO, Umberto Catarino. As Políticas de saúde para América Latina e Caribe da Organização Pan-Americana da Saúde e do Banco Mundial: uma análise de documentos e seus discursos. Este estudo faz uma análise dos discursos da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) sobre políticas de saúde para a América Latina e Caribe, no período compreendido entre os anos de 1986 a 1994. A análise é realizada tendo como contraposição os discursos do Banco Mundial, no mesmo período. Procurase demonstrar que os dois discursos se construíram, se realizaram e se atualizaram em relação de heterogeneidade constitutiva. Para a realização desta tarefa apoia-se na corrente denominada de 'escola francesa de análise do discurso' (AD). Após a manutenção de uma longa polêmica discursiva, foi possível chegar à conclusão que a OPAS atualizou seu discurso a partir dos temas apresentados pelo Banco Mundial: financiamento, eficácia e eficiência. Houve um desequilíbrio associativo semântico entre universalidade, integralidade e gratuidade da atenção à saúde defendida pela OPAS. A defesa do principio da não-exclusividade, pelo Banco, foi decisiva para aquele desequilíbrio.