Analisamos transações envolvendo crianças escravas ou ingênuas com 12 ou menos anos de idade, identificadas em Piracicaba (SP) no período 1874-1880, anos de apogeu do tráfico interno de cativos. Durante esse intervalo temporal era proibida a separação pela venda de cônjuges escravos, bem como entre pais e filhos menores. Estudamos as vendas de crianças desacompanhadas de familiares, isoladas ou não, e as vendas de crianças acompanhadas de familiares, presentes ou não outros escravos. Consideramos igualmente a presença de ingênuos, os quais sempre acompanhavam suas mães cativas. Nossas fontes documentais são escrituras de transações envolvendo escravos, registradas em livros notariais destinados a esse fim e manuscritas por tabeliães do município escolhido.