Esta dissertação analisa, em uma construção alinhada à história da poesia em suas acepções contemporâneas, os meios de articulação poéticos em composições produzidas ou remetidas ao Rio de Janeiro durante os anos de 1822 e 1825, entre os processos de independência da América portuguesa e de formação inicial do Império do Brasil. O foco do estudo está na relação dos objetos com o conceito de experiência, dominante no discurso político da época, e com o poder instituído do Estado. O trabalho é baseado em uma coleção de 50 objetos poéticos (sonetos, hinos, odes, elogios, epístolas, entre outros) geralmente anônimos, encontrados nos periódicos A Estrela Brasileira, Correio do Rio de Janeiro, Diario Fluminense, O Spectador Brasileiro e O Volantim. Periodico Diario.Eles são analisados tanto em conjunto como em leituras que ressaltem suas especificidades e diferenças, buscando a elaboração de uma narrativa coerente e que permita novas maneiras de reflexão historiográfica.