“…Segundo raciocínio difundido, é "preciso fazer uma distinção clara entre os governos de partido único e os governos de coalizão, uma vez que a margem de manobra dos chefes dos Executivos na contratação e demissão de ministros é, provavelmente, bastante diferente nesses dois tipos de contextos" (Dowding e Dumont, 2009, p. 15). 6 Muitos estudos mostraram que o pertencimento partidário tende a predominar como critério político para o recrutamento em governos de coalizão multipartidos, sejam parlamentaristas, semipresidencialistas ou presidencialistas (Amorim Neto e Samuels, 2010; Blondel, Müller-Rommel e Malovà, 2007;Dowding e Dumont, 2009;Abranches, 1988;Amorim Neto, 1994;2000;Batista, 2013;Inácio, 2013;Vasselai, 2009;Altman, 2000). 7 Por outro lado, autores que exploraram a dinâmica de governos formados por um único partido procuraram mostrar como as características desse sistema obrigam o chefe de governo a levar em consideração critérios diferentes da mera origem partidária do ministro.…”