Escola Mista na República: cultura e Escola Mista na República: um lugar na sombra da história educacional

Abstract

Resumo: O objetivo deste artigo 1 é discutir alguns desdobramentos da política de democratização da educação na República, tomando por base a história da Escola Mista rural que existiu no bairro Felipão, no município de Campinas, entre as décadas de 1920 e 1960. Leva-se em conta a pouca visibilidade angariada por essa modalidade de escola pública primária na produção historiográfica educacional, se comparada aos grupos escolares. A pesquisa pautou-se na seleção e na análise de fontes documentais imagéticas e escritas e principalmente na história oral, por meio de entrevistas com ex-alunos e ex-professoras cuja narrativa foi interpretada pela via da cultura escolar. Constataram-se ambiguidades nesse processo, já que a dualidade dos modelos escolares, diferenciados para os contextos rural e urbano, gerou desigualdades educacionais.

O Valor Da Narrativa Dos Infames Para a História Da Educação

“…Alinhado aos demais estudos que tematizam os sujeitos que em geral não ocupam o lugar de protagonistas 2 , este trabalho não pretende esgotar o tema, já tornado clássico e amplamente debatido em diferentes círculos intelectuais dos campos da história e da filosofia, mas tem como objetivo 1 Vale mencionar os estudos mais recentes sobre a imprensa estudantil e seus escritos escolares, dos quais destacamos: II Jornadas de Estudio sobre Prensa Pedagógica (DIÁZ, 2015), Grimaldi (2016) e o dossiê "Escritas Estudantis em Periódicos escolares" (REVISTA HISTÓRIA DA EDUCAÇÃO, 2013, v. 17, n. 40). 2 Nos últimos anos tem crescido o número de trabalhos em História da Educação em que a perspectiva dos alunos tem sido evidenciada, em especial, a partir da memória desses personagens, a exemplo de Teive (2009); Werle (2011); Silva e Ribeiro (2015); Oliveira e Santos Casimiro (2016); Poletto e Kreutz (2016); Rios (2016); ; Silva e Silva (2017); Belusso e Luchese (2018); Simões e Pedrosa (2020).…”

A Biblioteca Alexandrina em Atividades Problematizadoras no Ensino de Física

“…Aprofundando este debate entre HFC e as aulas de Física,Silva (2010) destaca algumas considerações relevantes dentre as quais podemos enunciar: a HFC pode ser útil, quando bem integrada com as concepções espontâneas dos estudantes por comporem teorias científicas passadas, de acordo com o quadro apresentado por Valadares (2012, p. 96-99); a HFC salienta o papel coletivo da ciência; a possível influência sócio-política e religiosa na ciência, bem como as relações Ciência-Tecnologia-Sociedade (GIL PÉREZ et al, 2001), encontram precedentes históricos; e a contextualização histórica é um fio condutor do enredo do processo filosófico-científico que permeia conceitos, teorias e equações (SOUZA et al, 2021). Além disso, o autor também faz um convite à reflexão sobre os riscos de reducionismos e deformações quando a HFC é operada de modo a-problemático e sem o devido cuidado como nos textos didáticos (AZEVEDO; MONTEIRO JÚNIOR, 2020; NUNES; QUEIRÓS, 2020).…”