Erodibilidade de um Cambissolo Húmico sob chuva natural

Abstract

(5) RESUMO A estimativa de perdas de solo é fundamental para o planejamento conservacionista. Com essa finalidade, destaca-se no Brasil o uso da Equação Universal de Perdas de Solo (USLE), para cuja utilização há escassez de dados obtidos de acordo com o método-padrão desse modelo. Entre os fatores que compõem a USLE, a erodibilidade do solo (fator K) é de difícil obtenção em razão da necessidade de conduzir experimentos em campo por longo tempo sob chuva natural. Com o objetivo de quantificar a erodibilidade do solo em um Cambissolo Húmico em Lages, SC, utilizando-se do método-padrão da USLE, quantificaram-se a erosividade (EI 30 ) das chuvas naturais e as respectivas perdas de solo durante o período de 1993 a 2012. A erodibilidade foi determinada pelo quociente entre essas variáveis e pela regressão linear simples dessas. O valor de erodibilidade anual estimado pelo quociente e pela regressão linear simples entre as perdas de solo e as erosividades foi respectivamente de 0,0175 e 0,0172 Mg ha h ha -1 MJ -1 mm -1 . A erodibilidade nos períodos de primaveraverão e outono-inverno apresentou pequenas variações em relação à média anual. A erodibilidade mensal variou de 0,0083 Mg ha h ha -1 MJ -1 mm -1 no mês de dezembro a 0,0241 Mg ha h ha -1 MJ -1 mm -1 , no mês de abril. Ao longo do período de tempo avaliado, a erodibilidade anual evidenciou maior incremento nos anos iniciais e menor incremento nos anos finais.

Water Erosion in Different Slope Lengths on Bare Soil

“…Although the variation in water content in the soil has not been quantified, its effect in modifying SL can be more expressive than that of EI 30 considering individual rainfalls, according to observations made by Eltz (1977). Furthermore, the observed dispersion can be explained by temporal variation in the rainfall pattern that determined its erosivity, as shown by the data of Schick et al (2014b).…”

“…This difference is explained as follows: in the study of Schick, the soil underwent conventional tillage (one plowing, two harrowings) twice a year; in addition, the erosivity that occurred between 2014 and 2015 was 20 % greater than the historical average. Moreover, since it was the first year of erosion assessment in this study, the soil had a large amount of sediment disaggregated by the treatments prior to setting up the study, facilitating transport by runoff, greater than the average erosion over 20 years obtained by Schick et al (2014b). According to these authors, as soil erosion progresses over time, the SL decreases because the same erosive energy of the rain encounters a layer of soil more resistant to erosion.…”

“…The weather is the Cfb type in the Köppen classification system according to Wrege et al (2011), with erosive rainfall totaling 1,533 mm and annual erosivity totaling 5,033 MJ mm ha -1 h -1 (Schick et al, 2014a). The soil is classified as a Cambissolo Húmico Alumínico léptico (Santos et al, 2013), a Humic Cambisol, in according to the criteria of the IUSS/WRB (2006), with clayey texture and a siltstone substrate, whose erodibility is 0.0175 Mg ha h ha -1 MJ -1 mm -1 (Schick et al, 2014b).…”

“…. Schick et al (2014b), working with data from 20 years of an experiment in the same soil as this study, calculated SL , likewise for a treatment on a standard plot of the USLE. Therefore, the SL observed in 22 m of length was 2.18 times greater than the historical mean for the region obtained by these authors.…”

Erosivity of rainfall in Lages, Santa Catarina, Brazil

“…Desse modo, 163 eventos de perdas de solo foram o resultado de duas ou mais chuvas erosivas acumuladas, por causa das dificuldades de coleta imediata, individualizada. Esses dados foram utilizados para a análise de correlação com os índices de erosividade; contudo, esses não serão aqui apresentados por constarem no trabalho acompanhante dos mesmos autores, sobre erodibilidade do solo (Schick et al, 2014).…”