Ergonomia e Design da Informação em ambientes virtuais de aprendizagem e seus impactos na prática docente do ensino superior: estudos na interface da Turma Virtual do SIGAA

Abstract

Este trabalho investigou aspectos de ergonomia cognitiva no design de informação de interfaces gráficas, enfatizando a atividade de docentes do ensino superior. A pesquisa utilizou como objeto a Turma Virtual, módulo AVA disponibilizado pelo Sistema Integrado de Gestão de Atividades Acadêmicas (SIGAA), desenvolvido e mantido pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Participaram do estudo docentes oriundos de diversas unidades acadêmicas da Instituição, propiciando diferentes relatos de experiência e perspectivas quanto ao uso da ferramenta em seu cotidiano de ensino e gestão das disciplinas. A partir dos dados coletados, foram identificados os principais problemas informacionais em funcionalidades específicas da Turma Virtual, e elaborada uma proposta de redesign da interface, a partir de princípios ergonômicos de design da informação e dos relatos dos usuários. Uma demonstração do protótipo foi avaliada por um grupo heterogêneo de docentes por meio de questionários. Os resultados apontaram níveis positivos de satisfação dos usuários com a proposta apresentada, registrando sugestões de novos melhoramentos e evoluções na interface, bem como o interesse dos docentes participantes em utilizarem a nova interface em suas atividades acadêmicas.

A formação em Computação e a (falta de) acessibilidade em sistemas computacionais: acaso ou resultado?

“…Em relação aos PPCs, observa-se que há uma grande preocupação das instituições de ensino em descrever os recursos de acessibilidade física disponíveis, mas a acessibilidade dos sites e sistemas computacionais das instituições é um tema pouco abordado nos documentos. A literatura científica apresenta diversos estudos que relatam inspeções e avaliações de usabilidade de sistemas acadêmicos [Grilo and Dias 2016, Pimenta and da Silva 2021, Santos 2021, Silva 2022, fornecendo subsídios para tal discussão nos PPCs, mas este fator também parece ser desconsiderado na elaboração dos documentos norteadores da formação em Computação. Ainda nesse sentido, embora não integre o escopo da pesquisa, durante a coleta de dados observou-se que parte dos PPCs, apesar de disponíveis no formato PDF, não apresentavam recursos de acessibilidade ou estavam disponibilizados de forma que inviabiliza o reconhecimento do conteúdo por leitores de tela.…”