Equipe de Saúde da Família: relatos de conduta diante da perda auditiva infantil

Abstract

RESUMO Objetivo Analisar a atuação das equipes de saúde da família diante da suspeita e identificação da perda auditiva infantil. Método Trata-se de um estudo de caso. Realizaram-se grupos focais com três equipes de saúde da família de um distrito sanitário, na região metropolitana de Recife. Os dados coletados foram transcritos e analisados, tomando por base o modelo de análise de entrevistas do tipo condensação de significados. Resultados Os profissionais fazem uso de alguns recursos para avaliar a reação da criança aos estímulos sonoros, mas, em sua maioria, desconhecem os indicadores de risco para a perda auditiva, bem como possuem dúvidas quanto à realização de encaminhamentos. Quanto ao acompanhamento das crianças, foi relatado que a falta de uma contrarreferência por parte dos outros profissionais impossibilita um acompanhamento efetivo da criança na unidade. Conclusão Apesar das potencialidades na assistência à saúde da criança, a atuação da equipe de saúde da família ainda é permeada por fragilidades que dificultam seu desempenho no que diz respeito à saúde auditiva.

A triagem auditiva neonatal no processo de diagnóstico e reabilitação auditiva

“…Isto posto, destaca-se a importância do processo de monitoramento do desenvolvimento das habilidades auditivas, além do diagnóstico e intervenção precoce das alterações e perdas auditivas, sendo estes no Brasil, regulamentados pelas Diretrizes de Atenção da Triagem Auditiva Neonatal (TAN) do Ministério da Saúde 4,5,6 .…”

“…No que diz respeito ao fluxo de atendimento, as Diretrizes do MS apontam que a atenção à saúde auditiva infantil deve ser distribuída em diferentes níveis de atenção à saúde, sendo papel da atenção básica os encaminhamentos devidos para centros especializados 2,6 .…”

“…Destaca-se que apesar dos constantes esforços e legislações, a cobertura de TAN no Brasil ainda é baixa (37,2%) 10,11 , resultando em um diagnóstico e início da intervenção tardios para a maior parte dos neonatos com PA 6,12 .…”

“…Entre as condutas divergentes mencionadas pelo autor destaca-se a dúvida sobre para qual profissional encaminhar, se deve solicitar exames ou orientar os familiares. Além disso, o déficit de contrarreferência dos casos levantados como suspeitos de PA dificulta o adequado acompanhamento e cuidado integral da criança por parte da equipe 6 .…”