Epidemiological profile of rodenticide-poisoned dogs and cats in a clinic in Belém, Pará

Abstract

A principal função do rodenticida é exterminar o respectivo animal, que é um dos principais disseminadores de várias doenças no ambiente urbano importantes para a saúde pública, como a leptospirose. No entanto, na maioria das vezes, essa substância acaba intoxicando animais de estimação e podem ser causadas acidentalmente, quando o tutor não realiza o manejo correto do veneno de rato, ou intencionalmente, quando se destina a causar envenenamento do animal, causando várias sintomatologias em que o prognóstico não é favorável. Devido à alta variedade de sintomas, sua gravidade e alta incidência de casos de intoxicação, foi realizado um levantamento epidemiológico da casuística em uma clínica particular na cidade de Belém/ PA.

Prevalence of exogenous intoxications in dogs and cats in the municipality of Fortaleza and metropolitan region

“…Quanto aos fatores circunstanciais de ocorrência dos casos de intoxicação, 83,7% dos casos foram de ordem acidental, contra 13% intencionais, em contraste ao observado por Xavier et al (2007a), que evidenciou que na maioria das vezes, os casos de intoxicação exógena em cães e gatos foi de natureza intencional. Em se tratando de intoxicações de natureza intencional, os pesticidas são os agentes tóxicos mais utilizados, sendo o principal o carbamato, seguido dos rodenticidas anticoagulantes e dos organofosforados (Canelas et al, 2019). Tremori (2015), em um estudo com 42 animais vítimas de intoxicação exógena criminosa, constataram que a maior prevalência foi de intoxicação por carbamato, correspondendo a 73% do total de casos, seguido dos organofosforados, piretrooides e cumarínicos, correspondendo a 9%, 4,5% e 4,5%, respectivamente.…”

“…Adicionalmente, foram avaliados os desfechos clínicos dos casos de intoxicação atendidos no período de 2015 a 2020, o que resultou em 74,7% de curas, 18,3% em óbitos e uma pequena minoria de 1,6% de cura com sequelas. Altos índices de cura também foram evidenciados em estudos recentes (Canelas et al, 2019), e os autores atribuem a alta taxa de recuperação dos pacientes ao diagnóstico precoce e às iniciativas de descontaminação bem sucedidas. Dentre as principais sequelas apresentadas pelos animais vítimas de intoxicação, de acordo com os participantes dessa pesquisa, incluem-se as de origem gástrica, como a gastrite e as úlceras gástricas, as de ordem hepática, como a hepatite, e as cardiovasculares, como a miocardite tóxica crônica.…”