Envelhecimento saudável prejudicado pela obesidade: uma revisão integrativa

Abstract

RESUMOO envelhecimento, na antiguidade, era um direito para poucos. O crescimento em série da população idosa está relacionado à transição no perfil demográfico, criação de políticas públicas e à promoção da qualidade de vida desses indivíduos. A obesidade é definida como uma doença crônica, evidenciada pelo excesso de gordura que, em pessoas idosas, é mais uma condição de risco para Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT). No processo do envelhecimento saudável é necessário uma mudança no estilo de vida, nos hábitos alimentares e físicos, e acompanhamento periódico com uma equipe de saúde interdisciplinar. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura que teve por finalidade analisar e sintetizar os fatos científicos a respeito da qualidade de vida dos idosos que possuem obesidade. Inicialmente foram identificados 503 artigos, após leitura e aplicação dos critérios de inclusão e exclusão permaneceram cinco para análise. A obesidade é caracterizada como um agravante, devido a doenças e deficiências previstas da idade avançada, afetando diretamente a qualidade de vida dos idosos. Desta maneira, percebe-se que é fundamental incluir mobilidade, função física e qualidade vida no controle e perda de peso e não trabalhar de forma isolada.Palavras-chave: Envelhecimento. Obesidade. Qualidade de vida.

Relação do estado nutricional e nível de atividade física entre os idosos institucionalizados e não institucionalizados

“…Neste estudo, entre os idosos com obesidade, a maioria eram não institucionalizados, resultado que pode ser decorrente de um maior consumo alimentar e menor gasto energético diário, visto que estes idosos possuem vida ativa em sociedade, tendo mais opção de escolhas alimentares com maior teor calórico. A obesidade em idosos pode ter caráter multifatorial, e pode estar relacionado com fatores genéticos, fisiológicos e também ambientais (Queiroz et al, 2020). Já entre os idosos com baixo peso, eutrofia e sobrepeso, a maioria eram institucionalizados, 86,9%, 78,8% e 79,2%, respectivamente, resultado que sugere uma menor ingestão alimentar entre idosos institucionalizados que pode estar relacionada a redução da oferta e variedade de alimentos oferecidos, assim como a diminuição da mobilidade e autonomia para realizar sua alimentação, condição que pode ser agravada em instituições públicas, onde o aporte calórico, proteico e de micronutrientes nem sempre são atendidos por motivos financeiros, aumentando o risco de desnutrição e sarcopenia.…”

Fragilidade e estado nutricional de idosos em hemodiálise / Frailty and nutritional status of elderly undergoing hemodialysis

“…A prevalência das doenças como obesidade, diabetes mellitus e hipertensão arterial está aumentando, por conseguinte, o risco para doença renal crônica (DRC) 2 . Paralelamente, os indivíduos em terapia renal substitutiva são cada vez mais numerosos, com maior sobrevida e possuem mais comorbidades 3 .…”

Obesidade: Relação Com a Diabetes Mellitus Tipo 2 E Doenças Cardiometabólicas.

“…Este número deverá aumentar para 643 milhões em 2030 e 783 milhões em 2045".O excesso de gordura corporal, localizada ou não, podem ser mensurados através de dados antropométricos como o Índice de Massa Corpórea (IMC) ou Obesidade Abdominal (AO). O IMC é calculado através da divisão do peso corpóreo pela altura, e a AO através da Circunferência Abdominal (CA)(QUEIROZ et al, 2020; SILVEIRA; VIEIRA, SOUZA, 2016). De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), um indivíduo é considerado obeso quando seu IMC for maior ou igual a 30 kg/m 2 .…”