2018
DOI: 10.22478/ufpb.1981-1268.2018v12n1.33196
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Entre símbolos, mistérios e a cura: plantas místicas dos quintais de uma comunidade rural piauiense

Abstract: O objetivo desse estudo foi levantar as plantas de uso místico cultivadas nos quintais da comunidade rural Aroeiras, Monsenhor Hipólito-PI. Para isso, os dados foram coletados através de excursões que incluíram entrevistas semiestruturadas e turnês-guiadas. 71 moradores participaram deste estudo, sendo que, a maior parte afirmou cultivar algum tipo de vegetal místico em seus quintais. Logo, a pesquisa possibilitou registrar 12 espécies pertencentes a 8 famílias botânicas, sendo a família Cactaceae a mais expre… Show more

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“…Esse estudo foi conduzido entre os meses de agosto e outubro de 2018, contou com 20 participantes, 19 mulheres e um homem, entre 30 e 76 anos de idade. O predomínio das mulheres corrobora com vários estudos etnobotânicos que atribuem o conhecimento sobre as plantas medicinais, predominantemente entre o gênero feminino [1,2,32,33]. Em relação à faixa etária, segundo Viu et al (2010) [31] esse é um fator importante sobre os conhecimentos acumulados do uso medicinal das plantas, pois nesse contexto a idade avançada pode indicar muita experiência em relação aos benefícios dos remédios caseiros.…”
Section: Resultsunclassified
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“…Esse estudo foi conduzido entre os meses de agosto e outubro de 2018, contou com 20 participantes, 19 mulheres e um homem, entre 30 e 76 anos de idade. O predomínio das mulheres corrobora com vários estudos etnobotânicos que atribuem o conhecimento sobre as plantas medicinais, predominantemente entre o gênero feminino [1,2,32,33]. Em relação à faixa etária, segundo Viu et al (2010) [31] esse é um fator importante sobre os conhecimentos acumulados do uso medicinal das plantas, pois nesse contexto a idade avançada pode indicar muita experiência em relação aos benefícios dos remédios caseiros.…”
Section: Resultsunclassified
“…Quanto à origem dos colaboradores, observou-se que viviam na comunidade Mamangal desde que nasceram. Resultado diferente dos que foram descritos em uma comunidade rural piauiense, em que apenas 18,31% viviam na comunidade desde que nasceram [33] e na comunidade Ramal do Bacuri, localizada na zona rural de Abaetetuba, Pará, em que aproximadamente 50% havia nascido na comunidade [11]. Foram relatadas 31 indicações e cinco formas de preparo dos remédios caseiro, o que evidencia amplo conhecimento local a respeito dos usos e da manipulação das plantas.…”
Section: Resultsunclassified
“…A modernização e os novos meios de comunicação são alternativas de obtenção do saber, fazendo com que as pessoas interessadas em aprender se distanciem da transmissão oral, diminuindo esta forma de propagação do conhecimento (19). Por outro lado, o conceito de interrelação social do referencial teórico adotado, na contemporaneidade, pode ser percebido como algo que ocorre além da maneira presencial, podendo constituir uma rede de relações que difunde o conhecimento sobre o cuidado a partir de plantas medicinais.…”
Section: Discussionunclassified
“…Esta troca de conhecimentos foi percebida dos mais velhos para os mais novos, mas também na direção contrária. Este achado evidencia a interrelação social entre aqueles que pertencem ao mesmo grupo doméstico e de parentesco como já observado em outros estudos (3)(4)(5)(6)(7)(8)(9)(10)(11)(12)(13)(14)(15)(16)(17)(18)(19)(20).…”
Section: Discussionunclassified
“…Nas comunidades afastadas dos centros urbanos a fitofarmacopéia local constitui uma fonte primária de recursos para cuidar da saúde. Nesse contexto, os erveiros, benzedores, parteiras e curandeiros são fundamentais, pois possuem amplo conhecimento sobre o cultivo, indicações e formulações caseiras usando uma ou várias plantas (Freitas et al 2012;Silva et al 2018). Atuam como guardiões das memórias dos moradores dessas comunidades, pois o ato de indicar um remédio caseiro, requer lembrar o nome do vegetal, onde encontrá-lo, a forma de coletar e preparar, o modo e o tempo de uso e os ingredientes adicionais, como álcool, cachaça, aguardente alemã, entre outros.…”
Section: Introductionunclassified