Entre o ar e o chão: Metier de bailarino na cidade de São Paulo

Abstract

Tese apresentada ao departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas para obtenção de título de doutor. Juliana Neves Orientadora: Prof. Dra. Maria Arminda do Nascimento Arruda São Paulo, 2010. 2 ENTRE O AR E O CHÃO: Metier de bailarino na cidade de São PauloTese apresentada ao departamento de Sociologia da Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas da Universidade de São Paulo para obtenção de título de doutor. Juliana Neves Orientadora: Prof. Dra. Maria Arminda do Nascimento Arruda São Paulo, 2010. O objeto e a definição do problema de pesquisa 8A opção do método para uma sociologia da dança 11Duas abordagens etnográficas 15Plano de capítulos 20 I -ETNOGRAFIAS DA DANÇA 241º Capítulo: A arquitetura social do corpo 25 O Cisne Negro: geografia, espaço e população 25 A companhia 31O corpo e a rotina de trabalho 35 Sensuelle solitude 35Prazer, dor e ação 38 Femininos e masculinos 40 Dois abraços e os seus desdobramentos 45 Os ritos do teatro, o espetáculo e as engrenagens do corpo 50Sociabilidades 55O atleta, o artista e a manutenção do capital corporal 61Uma secreta inclinação: a "magia" da cena e a ética do asceta 66 Tornar-se bailarina 208Ser um bailarino 215Os homens alternativos e a dança 219 Considerações finais 221 Bibliografia 224Anexos 229 ImagensProjeto gráfico da capa e das imagens: Amanda Rodrigues Alves RESUMOEssa tese procura investigar os mistérios que envolvem a adesão ao metier da dança, atividade artística para a qual é atraída uma minoria que faz do corpo instrumento de trabalho e recurso privilegiado de transgressão das próprias condições de existência. Trata-se de um estudo sobre bailarinas e bailarinos profissionais cujo interesse reside no exame dos elementos objetivos e subjetivos de acesso e permanência nessa carreira. A idéia consiste em desvendar a "vocação" para a dança tomando como cenário analítico o contexto do meio coreográfico da cidade de São Paulo, na atualidade, em que são encontrados bailarinos de distintos perfis alinhados em diferentes modelos estéticos: de um lado, a produção contemporânea que tem como base os procedimentos do balé clássico e, de outro, as linguagens de vanguarda amparadas, sobretudo, nas técnicas de improvisação. De acordo com isso, o objetivo deste trabalho é compreender quem são aqueles que, do ponto de vista social, tornam-se bailarinos, suas razões e seus meios, e em que medida os capitais econômicos, simbólicos e corporais podem ser traduzidos no âmbito dos estilos aos quais essas trajetórias se dirigem.A tese teve como fundamentos de pesquisa a etnografia de duas companhias paulistanas -uma tradicional e outra de vanguarda -e um conjunto de entrevistas com bailarinas e bailarinos, a partir das quais foram geradas narrativas sobre os seus itinerários e um banco de dados morfológicos que permitiram a interpretação das trajetórias dos agentes desse meio. Ao abordar essa base de dupla perspectiva metodológica, o trabalho elabora a análise da modelagem corporal e do imaginário desses profissionais e dos estilos de vida...

Autorrecuperando Maria Firmina dos Reis

“…Visto ser o negro uma figura invisibilizada no romantismo brasileiro (GOMES, 1988) e mesmo a abolição sendo algo timidamente tratado no período, as barreiras transpostas por Maria Firmina com sua escrita vão se revelando cada vez menos sutis. No capítulo inicial de Úrsula, embora o protagonista branco seja o primeiro a aparecer na narrativa, tanto ele quanto o escravizado que o salva demoram a ser nomeados pela narradora.…”

“…Levando em conta as observações de Heloisa Toller Gomes (1988) na introdução de O negro e o romantismo brasileiro, de que mesmo na literatura chamada abolicionista o negro aparecia mais como símbolo vivo da escravidão do que como uma pessoa com voz e traços físicos e psicológicos bem apresentados, a escritora nos apresenta Susana (com suas características maternais acentuadas dada a relação que ela tem com Túlio) com detalhes de sua aparência e como são seus sentimentos e opiniões ao longo do capítulo.…”

Advantages and limitations of national arthroplasty registries. The need for multicenter registries: the Rempro-SBQ

“…During this cycle, termed the empirical cycle of innovation and quality control, or even the trial-and-error cycle ( Fig. 1 A), 3 the only criterion for keeping an implant on the market was the information from these types of study; thus, countless scientific reveries and some creative breakthroughs have given rise to implants and procedures with truly catastrophic outcomes.

Fig.

…”