As enterocolites estão entre as afecções que mais acometem potros em sistemas de criações de equinos em todo o mundo. É estimado que até 80% dos potros nos primeiros seis meses de vida são acometidos por pelo menos um episódio de diarreia, em sua grande maioria episódios leves e transitórios, entretanto, os custos com o tratamento e a taxa de mortalidade que esta afecção pode gerar são impactantes para criadores e proprietários. O objetivo desta revisão é descrever os aspectos epidemiológicos, clínicos e métodos de diagnóstico dos principais enteropatógenos bacterianos, virais e parasitários envolvidos em episódios de diarreia em potros do nascimento aos 8 meses de vida. Foram utilizados artigos disponíveis nas plataformas Mendeley, MEDLINE, pubMed, SciELO. Entre os principais enteropatógenos causadores de diarreia em potros, podemos destacar as infecções causadas por Salmonella spp., Escherichia coli, Rhodococcus equi, Clostridium perfringens, Clostridium difficile, Lawsonia intracellularis, Rotavírus, Coronavírus e helmintos. A identificação de potros de risco e a implementação de protocolos terapêuticos com base nos exames complementares e identificação do agente etiológico são de grande importância para o sucesso no tratamento, controle e implementação de métodos de profilaxia nos sistemas de criação.