Este artigo tem como objetivo compreender as experiências do brincar a partir de um grupo de crianças e seus educadores, em uma Comunidade de Aprendizagem, situada no Distrito Federal (DF). Como fundamentação teórica e metodológica, recorre-se, principalmente, aos estudos psicanalíticos de Freud e de Winnicott. A pesquisa de campo consistiu em dois dias de observação participante; quatro oficinas de rabiscos com uma turma de crianças - com idades entre oito e 12 anos - e sua educadora; e uma roda de conversa com educadores. A ênfase é dada, neste texto, nas vivências da segunda oficina e em trechos da roda de conversa, explorando a capacidade de criar e de brincar com as palavras. Com isso, foi possível ressaltar a importância de um brincar criativo e espontâneo nas relações humanas. A conclusão é que este brincar não se restringe à infância, por se tratar de uma experiência própria ao humano, sendo necessário que os espaços escolares e comunitários estejam abertos à sua manifestação e ampliação.