Ensaio sobre o livro “Admirável Mundo Novo” de Aldous Huxley: uma proposta crítica contemporânea

Abstract

Em tempos de grande avanço tecnológico e retrocessos no que se refere a aspectos humanos, o “Homo” descrito pela Biologia como “Sapiens” evolui para “Homo Maquinizado”. Essa nova configuração do homem regida pela Ciência, Tecnologia, Capitalismo e Globalização se reflete num novo paradoxo humano: a supervalorização da economia em detrimento da vida, impactando nas relações/configurações do viver. Dessa forma, o presente ensaio tem como objetivo fazer uma análise crítica do livro “Admirável Mundo Novo” de Aldous Huxley, que discute a relação homem que cria um sistema, e, que, quando atravessado pela sua criação, torna-se seu próprio produto no ciclo de se produzir. O livro “Admirável Mundo Novo” trata-se de uma parábola que romantiza a desumanização dos seres humanos. Identifica-se que, desde a sua primeira publicação em 1932, o mundo afundou-se a passos tão largos em direção errada semeando o mercantilismo da vida e a cultura da competitividade que corrói a sociabilidade e destrói os sentimentos intrínsecos da sociedade humana que, se o autor escrevesse hoje a mesma obra, a ficção não estaria a seiscentos anos do presente. E a consequência da liberdade, ou melhor, da simples humanidade, teria se revelado desumana.

O Papel Do Coordenador Pedagógico Em Instituições De Ensino Básico E Superior

“…Acrescido a esse contexto, o movimento capitalista -sistema económico que valorizava a moeda, consolidando política de Estado e economia de mercado, começa a germinar. O sistema económico agrário se transforma numa hierarquia burguesasistema industrial, estabelecendo novas relações/configurações do viver, influenciando desde as características do mercado de trabalho até o funcionamento do Estado (SILVA, 2020).…”

Ensaio Sobre Os Desafios Da Educação Na Contemporaneidade: Reflexões Sobre a Educação No Brasil

“…Culturalizando as mortes de pessoas negras, pobres ou pertencentes do ciclo da exclusão. Que são vistas, ou melhor, não são vistas como perda, mas sim, tendo suas mortes como naturalizadas no cotidiano da vida (SILVA, 2020).…”

“…O sistema capitalista-neoliberal vende a educação como produto que, para ter acesso em sua integralidade, com qualidade, é preciso pertencer ao mundo mercantil. Reduzindo a educação em modelos competitivos para fins de mercado de trabalho, sob a forma de excluir os mais fracos para sobreviver -possibilidade de lucrarnum ciclo de desigualdades mascaradas sob o manto do mérito (SILVA & DALTRO, 2018;SILVA, 2020). Dessa forma, trata-se de ventos difíceis para encarar um assertivo projeto democrático de educação pública que promova verdadeira inclusão educacional (KRAWCZYK, 2011).…”