“…Embora os estudos sobre organizações religiosas venham ganhando corpo no campo da Administração, é possível compreender que os fenômenos estudados possuem foco em organizações religiosas de base cristã (ex. Campos, 2006;Serafim & Andion, 2010;Maciel, 2012;Serafim, Martes, & Rodriguez, 2012;Corrêa, 2017;Murtinho, Castilho & Urdan, 2018). Sendo assim, esse artigo é uma desobediência epistêmica, pois, como ressalta Mignolo (2008), consiste em desafiar o agenciamento epistêmico promovido pelo norte global, a partir das experiências locais e de sujeitos considerados inferiores, tais como as mulheres e os negros, e, como aponta Scorsolini-Comin, Ribeiro e Gaia (2020), pesquisar religiões de matriz africana é, também, compreender uma das raízes culturais do Brasil, considerando que os africanos ocidentais são um dos grupos que formaram a sociedade brasileira.…”