Elementos que incorporam vidas, reiteram lugares sociais, conectam e pertencem: agência dos não-humanos em um contexto estudantil

Abstract

Este artigo versa sobre a agência dos não-humanos (elementos materiais e/ou orgânicos) em um contexto estudantil, popularmente conhecido como as repúblicas estudantis de Ouro Preto, Minas Gerais. Para tal discussão, mobilizo uma seara de fontes: meu acesso a estes espaços durante sete anos, entrevistas com moradores destas casas, descrição de experiências das quais participei, imagens, observações nas redes sociais e interações dos estudantes nos ciberespaços. Esses dados permitiram costurar a análise segundo a qual objetos possuem vidas incorporadas, produzem um lugar social, garantem a manutenção de hierarquias, constituem relações micropolíticas, bem como pertencem e conectam as pessoas em termos de família/afinidade – no seio da vida republicana estudantil na cidade mineira de Ouro Preto.