Eleições autárquicas 2.0: análise das estratégias de comunicação online de candidatos, partidos e movimentos independentes

Abstract

Resumo As redes sociais são uma ferramenta indispensável na comunicação política em período de campanha eleitoral. Este artigo pretende contribuir para o debate teórico sobre se as campanhas online contribuem para uma mudança de paradigma comunicacional entre candidatos e eleitores ou, ao invés, reproduzem os estilos e formatos preconizados pelos mass media. O estudo parte da análise de conteúdo das páginas de Facebook de partidos políticos e movimentos independentes relativas às eleições autárquicas de setembro de 2013. Após a análise descritiva é apresentado um modelo explicativo exploratório sobre as variações na interatividade entre páginas.Palavras-chave redes sociais, eleições, comunicação política, campanha eleitoral. AbstractThe social networks are an indispensable tool for political communication during election campaigns. This article seeks to contribute to the theoretical on whether online campaigns are helping change the paradigm for communication between candidates and voters, or whether on the contrary they are reproducing the styles and formats put forward by the mass media. The study begins by analysing the content of the Facebook pages of political parties and independent movements regarding the September 2013 local elections. The authors then present an exploratory model that seeks to explain the variations in interactivity from one page to another.

A atividade das juventudes partidárias no Instagram em período eleitoral: Inovação ou normalização?

“…Apesar de haver vários estudos sobre a atividade nas redes sociais de partidos no Facebook (Maia, 2020;Santos y Bicho, 2016;Serra-Silva et al, 2018), a atividade no Instagram tem sido menos explorada (Baptista et al, 2021). Se nos primeiros tempos o Instagram era visto como impermeável à política, nos últimos anos esta é a rede social que mais tem crescido no seio das elites políticas (Baptista et al, 2021), que a usam para chegar ao eleitorado mais jovem (Kreiss et al, 2018).…”

“…Na mesma linha, as perguntas registadas representam, com poucas exceções, esforços de mobilização e não tentativas reais de iniciar um diálogo. As juventudes partidárias parecem estar a usar os canais interativos da Web 2.0 com uma abordagem de comunicação unilateral 1.0, um comportamento já identificado nos partidos portugueses (Santos y Bicho, 2016).…”